Tatu-Bola, espécie ameaçada de extinção
Confira tudo sobre o Tatu-bola, espécie que se encontra ameaçada de extinção.
Tatu-bola é o nome genérico para duas espécies diferentes do gênero Tolypeutes: o tatu-bola-da-caatinga (Tolypeutes tricinctus), que habita a caatinga e cerrado brasileiro, e o mataco (Tolypeutes matacus), que vive no chaco argentino e paraguaio e no pantanal matogrossense. O tatu-bola-da-caatinga é endêmico ao Brasil e, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), está em “situação vulnerável”. Seu primo do sul com mais sorte, o mataco, encontra-se “quase ameaçado”
Características
Os tatus-bola medem aproximadamente 40 cm do focinho à cauda e pesam em média 1,5 kg. Como os outros tatus (família Dasypodidae), eles possuem uma armadura feita de ossos dérmicos que cobre o corpo. Esses têm dois grandes segmentos de armadura, um anterior e um posterior, ligados por três cintas flexíveis.
Possuem coloração marrom escura e são as únicas espécies de tatus capazes de se enrolar dentro da carapaça, ficando com o formato de uma bola. A forma mais fácil de diferenciar um tatu-bola-da-caatinga de um mataco é contando os dedos das patas dianteiras. O T. tricinctus possui cinco dedos em cada membro anterior e o T. matacus, apenas quatro.
Hábitos
- Os tatus-bola não cavam tocas, mas habitam buracos feitos por outros animais e podem se cobrir com folhas.
- No cerrado, se alimentam principalmente de cupins, e também podem comer outros insetos e vegetais.
- Têm hábitos diurnos e noturnos, com dois picos de atividade: entre às 14 e 18h e entre às 20h e 23h.
- No período de reprodução, é possível ver mais de um macho acompanhando a mesma fêmea.
Conservação
Os tatus-bola são vulneráveis à caça, pois para se defender, suas únicas estratégias de defesa são o ato de se enrolar no formato de uma bola e a fuga. A caça pode ser motivada pelo consumo da carne ou pelo fato de serem exóticos. Mais preocupante, entretanto, é a destruição do habitat dos tatus.
O que explica o fato de o tatu-bola-da-caatinga ser mais ameaçado do que o mataco é destruição do cerrado pela expansão da monocultura extensiva e a redução da Caatinga em metade de sua área original, segundo o Mapa de Cobertura Vegetal do Bioma Caatinga.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) afirma sobre o tatu-bola-da-caatinga que “o registro recorrente de extinções em municípios do Estado de Pernambuco, infere-se que nos últimos 27 anos, a espécie tenha sofrido uma redução de sua população em pelo menos 50%. Assim sendo, a espécie foi categorizada como Em Perigo (EN) segundo o critério A2cd”.
Curiosidades
O tatu-bola-da-caatinga ficou conhecido em 2014 por ser o mascote da copa do mundo no Brasil. Em 2012 a ONG Associação Caatinga lançou a campanha “Tatu-bola para mascote da Copa do Mundo de 2014”.
O T. tricinctus tem vários nomes, e todos são referências à sua capacidade de se enrolar. Além de tatu-bola, ele também é chamado de tatu-apara, bola, bolinha e apara. Esses nomes vêm do termo tupi “tatua’para”, que significa literalmente tatu vergado.
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