Tecidos de preenchimento e sustentação vegetal: parênquima, colênquima e esclerênquima

Tecidos de preenchimento e sustentação vegetal: parênquima, colênquima e esclerênquima.

Os vegetais possuem cinco órgãos (raiz, caule, folha, flor e fruto) que são organizados com diferentes tipos de tecidos adultos originados do meristema fundamental, um tecido embrionário com células indiferenciadas e com grande capacidade de divisão mitótica. Os tecidos de preenchimento e sustentação são o parênquima, o colênquima e o esclerênquima.

O parênquima é um tecido presente em praticamente todos os órgãos dos vegetais. Por ser um tecido muito diversificado, possui várias funções como preencher o órgão, fazer reserva de substâncias ou até mesmo auxiliar na realização da atividade fotossintética das plantas.

Quando tem função de preenchimento, o parênquima é composto por células grandes, justapostas e túrgidas. Ele está presente, principalmente, em raízes, caules, frutos e nele podemos encontrar células especializadas para defesa do órgão, como por exemplo as ráfides.

Parênquima Clorofiliano

O parênquima clorofiliano é repleto de cloroplastos e está presente em órgãos que fazem fotossíntese (folhas e caules verdes), normalmente encontrado na face que está voltada para a luz solar.

Uma das principais funções do parênquima é a de fazer reserva de substâncias. Existem plantas que fazem reservas de amido em seus órgãos, como é o caso da batata inglesa, do feijão e da mandioca, por exemplo. O parênquima existente nelas é do tipo amilífero, ele possui células com grandes vacúolos que armazenam o amido.

Parênquima amilífero
Parênquima amilífero

Nas plantas que vivem em ambientes desérticos ou com grandes períodos de escassez hídrica, o parênquima de reserva guarda água nos vacúolos. Dessa forma, o vegetal garante água para suas funções vitais, como a fotossíntese. Podemos observar com facilidade o parênquima aquífero na estrutura anatômica das cactáceas.

Parênquima aquífero
Parênquima aquífero

Para sobreviver ao ambiente aquático, as plantas necessitam obter oxigênio já que realizar trocas gasosas dentro da água é extremamente dispendioso.

Além disso, o ambiente aquático não possui oxigênio suficiente, fazendo com que as células da planta corram o risco de morrer por hipóxia (falta de oxigenação dos tecidos).

Para suprir essa necessidade de oxigênio, as plantas aquáticas desenvolvem o parênquima aerífero, conhecido como também como aerênquima.

Aerênquima

O aerênquima é composto por um tecido com muitos espaços de ar, que podem surgir por morte celular programada ou por separação das células. Esse tecido permite que as raízes vivam em grandes profundezas e também que as folhas flutuem e consigam realizar fotossíntese normalmente.

Colênquima

O colênquima é composto por células vivas. É um tecido elástico que garante maleabilidade ao órgão. Esse tecido possui células com grandes espessamentos na parede celular, que podem ser de vários tipos (espessamento total, espessamento em U).

A presença do colênquima em gramíneas, caules longos e finos garante que eles não quebrem em situações de ventania ou movimento de animais próximos a eles. O esclerênquima é um tecido rígido, de proteção. Ele confere rigidez a troncos, pois tem células com paredes lignificadas (o que causa a morte das células desse tecido) e muito resistentes.

Denisele Neuza Aline Flores Borges
Bióloga e Mestre em Botânica

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