Físico australiano desenvolve teoria que explica por que raios não caem em linha reta

Pauta para discussões entre cientistas, os formatos irregulares dos raios que caem do céu são um mistério que o físico John Lowke parece ter resolvido.

É possível que, em algum momento da sua vida, você tenha se perguntado por qual motivo os raios possuem esse formato de zigue-zague, ou formas irregulares como as raízes de uma planta. John Lowke, um pesquisador australiano, publicou no Journal of Physics D: Applied Physics a sua teoria desenvolvida na University of South Australia (UniSA), que versa sobre o formato dos raios. Aparentemente, o mistério chegou ao fim. Confira o que disse o físico.

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Por que o raio não cai em linha reta?

Raios são uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre na atmosfera, que pode ter origem no interior de uma nuvem, no espaço entre nuvens ou entre uma nuvem e a terra. Ele é gerado a partir de uma diferença entre cargas, que gera essa corrente elétrica de formato irregular.

Nesse sentido, os físicos possuíam apenas duas grandes dúvidas: o que faz com que os raios tenham um formato, embora irregular, bem característico? E, além disso, o que faz com que a fração que liga o raio à nuvem permaneça escuro?

O teórico John Lowke parece ter as respostas. Veja a seguir o que diz a sua teoria.

Como o raio é formado?

Na atmosfera, há moléculas de oxigênio metaestáveis, denominadas singletos deltas. Elas são formadas a partir da colisão entre elétrons e moléculas de oxigênio altamente energizadas.

Após essa colisão, os elétrons que se ”desprendem” da eletrosfera do oxigênio formam uma etapa condutora, que inicialmente é luminosa, redistribuindo o campo elétrico e gerando etapas encadeadas com variações de energia. Dessa forma, gera-se o formato em zigue-zague. A esse fenômeno dá-se o nome de ”degraus do raio”.

E por que a coluna condutora que conecta o raio à nuvem não é luminosa?

Isso se deve aos elétrons que se ligam às moléculas neutras de oxigênio. Por consequência, elas sofrem o desprendimento imediato pelas moléculas singleto delta, e não emitem luz.

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