The Sims 4 é censurado na Rússia e nova expansão é barrada por leis anti-LGBT+
Em busca da diversidade, o The Sims trabalhou com narrativas de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas isso os impede de entrar na Rússia.
A Rússia é um país extremamente fechado, sobretudo para as ideias que consideramos mais progressistas. É o caso do tópico “casamento gay”, de modo que o país ainda é um dos últimos entre as grandes potências que proíbe a união entre pessoas do mesmo sexo. Por isso, não haverá o lançamento do jogo The Sims 4 na Rússia, devido às restrições impostas pelo governo.
Isso porque a nova expansão do jogo apresenta narrativas aliadas à ideia de diversidade, inclusive com a representação de casamento gay. Sendo assim, o jogo seria automaticamente alvo da censura respaldada pelas leis federais russas que proíbem “propaganda LGBT+”.
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Entenda a lei contra “Propaganda Gay”
Bem diferente da maioria dos países do Ocidente, onde a onda da diversidade já obteve certas conquistas, a Rússia mantém uma posição contrária. Com o grande conservadorismo do país, qualquer tipo de “propaganda gay” tem censura, o que pode gerar uma série de interpretações.
No geral, a lei se ocupa da ideia de proteger crianças de um conteúdo que seria responsável por promover uma recusa aos valores familiares e tradicionais. Tanto que o líder do país, Vladimir Putin, afirmou em 2020 que a Rússia não legalizará casamento gay, e que todos serão “papai e mamãe”.
E tem mais, pois existem denúncias de que mesmo profissionais da área de saúde, como psicólogos, não podem orientar ou conversar sobre diversidade com crianças. Dessa forma, o país é constantemente palco de protestos da comunidade LGBT+.
O caso The Sims
Para ser lançado na Rússia, o jogo The Sims precisaria passar por uma série de adaptações e teria que retirar uma série de itens censurados. Com isso, o jogo poderia até ser liberado, porém para um público maior de idade, o que poderia prejudicar as vendas do produto.
Assim, a decisão entre os criadores do jogo foi que não haveria lançamento na Rússia, já que não teriam a liberdade de contar a história como desejado. Essa decisão pode ser lida em carta aberta disponível no site oficial da Electronic Arts, criadora do jogo.
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