‘Tinha pego’ e ‘tinha pegado’ não são exatamente a mesma coisa: qual o jeito certo?

Verbo 'pegar' tem mais de uma forma quando está no particípio, e ambas devem ser usadas em situações diferentes.

Muitos estudantes e concurseiros enfrentam dúvidas frequentes relacionadas ao uso correto das variações do verbo “pegar”. Conjugação verbal pode ser um desafio, principalmente quando há formas regulares e irregulares no verbo usado.

Mas entender as locuções verbais “tinha pego” e “tinha pegado” é essencial para evitar erros em provas e redações. Este artigo busca esclarecer de maneira objetiva a diferença entre essas duas expressões e explicar as suas aplicações no idioma português. Acompanhe a leitura para desmistificar tais locuções verbais e adquirir confiança ao usá-las em qualquer situação.

Língua Portuguesa tem alguns detalhes que causam muitas dúvidas até nos falantes mais espertos (Imagem: reprodução/Freepik)

Entendendo as variações do verbo “pegar”

“Pegar” é um classificado como um verbo abundante, isso significa que ele conta com duas formas quando no particípio: “pego” e “pegado”.

Apesar de ambos os termos estarem corretos, eles têm usos específicos. Por isso, a primeira distinção a se fazer é entre essas duas maneiras de escrever.

‘Pegado’

Trata-se do no particípio regular e é indicado para voz ativa com os verbos auxiliares “ter” ou “haver”, por exemplo:

  • “Maria já tinha pegado sarampo”.

  • “João havia pegado o pão na padaria”.

‘Pego’

Já “pego” é versão irregular do particípio e deve ser na voz passiva com os auxiliares “ser” ou “estar”, por exemplo:

  • “Débora foi pega de surpresa por aquela situação”.

  • “Eduardo foi pego colando naquela prova”.

A evolução no uso das formas verbais

Embora “pegado” seja a forma mais tradicional e prescrita pela norma culta, observa-se um aumento no uso de “pego”, mesmo em contextos que envolvem “ter” e “haver”, por exemplo:

  • “Rafael ainda não tinha pego catapora até os oito anos”.

  • “A funcionária já havia pego o seu holerite”.

Diferenças de pronúncia

Além das diferenças gramaticais, a pronúncia correta é “pégo” (com “e” aberto) quando no presente do indicativo, primeira pessoa, por exemplo:

  • “Eu pego o metrô sempre para voltar do trabalho”.

  • “Eu te pego na segunda-feira às sete da noite”.

Compreender tais distinções ajuda a escolher a expressão correta conforme o contexto, além de elevar a qualidade da comunicação escrita e falada.

Ao identificar as nuances de “tinha pego” e “tinha pegado”, é possível enriquecer o seu domínio do português e empregá-lo melhor em provas, redações e outros conteúdos, escritos ou falados.

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