Tomou prejuízo no Pix? Nova função pode ajudar você a recuperar o valor perdido
Usuários poderão contestar transações suspeitas diretamente no aplicativo do banco a partir de 1º de outubro.
A partir de outubro, usuários do sistema financeiro brasileiro contarão com uma nova funcionalidade no aplicativo dos bancos. Trata-se do Mecanismo Especial de Devolução (MED), desenvolvido pelo Banco Central.
Essa ferramenta visa facilitar a recuperação de valores transferidos indevidamente por meio de golpes e fraudes. As vítimas poderão contestar transações diretamente no aplicativo do banco, sem necessidade de contato com o atendimento ao cliente.
Até agora, a contestação de transações realizadas por meio do Pix era feita exclusivamente pelo site do Banco Central. Com a nova atualização, o processo será mais ágil.
Funcionalidades da ferramenta
A inovação permitirá que os usuários contestem transferências suspeitas realizadas nos últimos 80 dias. Além disso, será possível consultar o status da solicitação de devolução. O objetivo é aumentar as chances de recuperação de valores desviados por golpistas.
- Denunciar transações contestadas diretamente no aplicativo.
- Consultar status do pedido de devolução.
- Notificação de bloqueio da conta receptora.
Etapas do processo
Para contestar uma transação, o usuário deverá clicar no botão “Reclame aqui”, disponível no aplicativo. Em seguida, escolherá a transação questionada e o tipo de golpe sofrido. Os casos variam de transferências não autorizadas a coação.
Após a contestação, o banco notificará a instituição financeira que recebeu a transferência. A conta do receptor será bloqueada, e ele será informado sobre o bloqueio, incluindo detalhes como valor e prazo de até 11 dias.
Além disso, se a conta receptora não possuir saldo suficiente para a devolução imediata, ela será monitorada por até 90 dias para possíveis devoluções complementares. Tanto a vítima quanto o receptor serão notificados assim que a devolução for efetuada.
Exceções do MED
É importante ressaltar que a ferramenta não se aplica a casos de erro de digitação da chave Pix ou desacordos comerciais.
Portanto, a contestação por meio da ferramenta só é válida para situações previamente tipificadas, como fraudes ou golpes.
O Banco Central inicialmente planejava implementar a ferramenta em abril, mas o prazo foi estendido para outubro. Isso ocorreu devido à complexidade do sistema e às solicitações de instituições financeiras.
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