Trabalhadores fazem descoberta inusitada no Vaticano

Em meio a uma obra para construir uma passagem subterrânea na área central de Roma, capital da Itália, trabalhadores encontraram ruínas de uma antiga lavanderia que remonta à época do Império Romano.

De acordo com arqueólogos que investigaram o achado, na antiguidade o local era banhado pelo Rio Tibre, cujas margens agora estão a alguns metros de distância.

A região onde a antiga lavanderia foi encontrada está nas imediações da Cidade do Vaticano, área na qual existia uma espécie de bairro nobre na Roma imperial.

Espaço voltado à lavagem de roupas no Império Romano – Imagem: Ministério da Cultura do Vaticano/Reuters/ANÁS/Reprodução

A lavanderia romana antiga é composta por um corredor ladeado de salas retangulares e zonas onde ainda é possível ver tanques de lavagem perfeitamente preservados.

O chão do lugar também está conservado, e, nele, é visível a pavimentação original, feita com um belo mosaico Palomino e uma camada de azulejos pretos.

Todos os achados, incluindo as camadas originais da antiga lavanderia, serão cuidadosamente transferidos para outro local onde poderão ser apreciados pelo público.

Enquanto isso, a área das escavações seguirá sendo preparada nas obras da passarela, que devem ficar prontas em meados de 2025.

“Locais com água” eram comuns na Roma Antiga

A descoberta da lavanderia romana é só mais um dos achados que comprovam o apreço dos antigos romanos por “lugares com água”. Eles estão espalhados por diversos pontos do antigo império.

Um dos exemplos mais notáveis são os banhos públicos, encontrados na própria Roma e em outras cidades importantes do antigo império. As Termas de Caracalla, importante ponto turístico, também comprovam essa estima.

De acordo com historiadores modernos e antigos, as fontes, banhos públicos e lavanderias públicas eram grandes pontos de encontro para cidadãos das classes média alta e alta da Roma Antiga.

Além disso, serviam como locais para a realização de rituais e festejos religiosos importantes para os cidadãos.

Inclusive, dentre as dezenas de imperadores que controlaram Roma, poucos foram os que não investiram na construção de pelo menos uma fonte particular para apreciação pessoal.