Retorno ao presencial não agradou maior parte dos trabalhadores, segundo pesquisa

Uma pesquisa recente realizada pelo Infojobs em parceria com o Grupo TopRH revelou que o retorno ao trabalho presencial tem gerado impactos negativos na qualidade de vida de muitas pessoas.

Segundo o estudo, 64,4% dos entrevistados que estavam em home office e voltaram para o sistema presencial relataram uma piora em sua qualidade de vida.

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Além disso, a pesquisa apontou que 58,3% dos participantes se sentem menos produtivos ao final de um dia de trabalho presencial, enquanto apenas 21,3% afirmaram sentir-se mais produtivos. Esses números revelam que a transição para o trabalho presencial não tem sido fácil para a maioria.

Um ponto importante destacado pelos entrevistados é a falta de preparação das empresas para criar um ambiente de gestão e engajamento durante esse processo de retomada das atividades presenciais.

De acordo com 73,9% dos participantes, o departamento de Recursos Humanos não implementou estratégias eficazes para facilitar a transição.

Medidas mitigadoras

Algumas empresas têm buscado minimizar o impacto do retorno ao escritório por meio de medidas como horários flexíveis (23,1%), ações voltadas para o bem-estar e saúde mental (21,8%) e melhorias nas instalações do escritório (18,4%).

Essas iniciativas visam proporcionar um ambiente mais confortável e adaptado às necessidades dos colaboradores, visando melhorar sua experiência no retorno ao presencial.

Benefícios do modelo híbrido e do home office

O modelo híbrido de trabalho ou mesmo o home office trouxeram uma série de benefícios para os funcionários, que passaram a desfrutar de pequenos prazeres da vida antes limitados devido ao tempo gasto no deslocamento.

Dessa forma, com mais tempo livre, os profissionais sentiram-se mais dispostos a realizar cursos, passar mais tempo com a família e desfrutar de momentos de lazer.

Falta de consulta aos colaboradores

O levantamento da TopRH revelou ainda que em 78,5% dos casos, as empresas não consultaram a opinião dos colaboradores antes de decidir pelo retorno ao modelo de trabalho presencial.

Essa falta de diálogo e participação dos funcionários pode gerar insatisfação e frustração, uma vez que 58,4% dos entrevistados afirmaram que gostariam de ter mais dias de trabalho remoto e menos dias presenciais.

Incomodidades culturais no ambiente de trabalho

Quando questionados sobre as mudanças culturais necessárias no atual modelo de trabalho, os funcionários demonstraram desconforto com reuniões desnecessárias (18,6%), lideranças despreparadas para o gerenciamento remoto (14,2%) e lideranças tóxicas (12%).

Esses fatores impactam o bem-estar e a satisfação dos colaboradores, contribuindo para um ambiente de trabalho menos produtivo e saudável.