Trabalho remoto x presencial: estudo revela preferência do trabalhador brasileiro

Segundo pesquisa recente, maioria dos brasileiros abandonaria emprego presencial para trabalhar de casa.

Quando o assunto é emprego, um dos fatores envolvidos na equação de idealização é quase unânime: mais de 85% dos profissionais não pensariam duas vezes se tivessem escolha entre trabalho presencial e remoto.

A maioria optaria por realizar as tarefas de suas próprias casas sem nem pestanejar, mesmo que isso os obrigasse a abandonar um emprego presencial um pouco mais estável.

Para o bem ou para o mal, a pandemia forçou novos hábitos na população, e um deles foi o home office. Embora temerosa com os precedentes, a grande parte das empresas aderiu ao trabalho remoto e mostrou aos seus funcionários uma nova forma de exercer suas funções.

Tal formato já é popular em muitos países mesmo antes do covid-19, como Canadá, Suíça, Espanha e China.

Adaptações e desafios

Sabemos o quão desafiador foi mover, de repente, milhões de trabalhadores e estudantes a se adaptarem ao trabalho remoto.

Apesar dos desafios iniciais, as pessoas gradualmente compreenderam e se acostumaram com essa nova forma de trabalhar e estudar – muitas delas conseguiram organizar e planejar um cotidiano mais saudável e adequado ao que estávamos vivendo naquele período.  Em razão disso, atualmente, o home office se tornou a opção preferida da maioria dos brasileiros.

Uma pesquisa realizada pela Infojobs e pelo Grupo Top RH revela que, entre abril e maio de 2023, impressionantes 85,3% dos profissionais brasileiros estariam dispostos a aceitar uma proposta de emprego com mais dias de trabalho remoto por semana, não hesitando em trocar de emprego caso fosse necessário.

A preferência pelo home office

Os resultados dessa mesma pesquisa, que ouviu 1.008 trabalhadores em todo o país, são surpreendentes. Cerca de 64,4% dos entrevistados relataram uma piora na qualidade de vida após o retorno ao trabalho presencial, especialmente devido à nova rotina de deslocamentos.

Apenas 14,2% perceberam uma melhora na qualidade de vida ao voltarem ao trabalho presencial, enquanto 21,5% não sentiram diferença alguma.

Além disso, o estudo apontou que 78,5% dos trabalhadores que retornaram ao trabalho presencial afirmaram que suas empresas não os consultaram sobre essa mudança.

Adicionalmente, 73,9% revelaram que os departamentos de Recursos Humanos não desenvolveram nenhuma estratégia para envolvê-los nesse retorno, o que também é um dos responsáveis pelo regresso ao trabalho presencial ou híbrido.

Por essa razão, nas jornadas de trabalho atuais, 47,2% dos entrevistados estão trabalhando presencialmente, enquanto 33,2% têm a opção de trabalhar de forma híbrida, combinando trabalho remoto e presencial. Outros 19,5% permanecem trabalhando remotamente.

A pesquisa também mostrou que a maioria dos participantes reside na região Sudeste do Brasil (65,4%) e têm idade entre 35 e 44 anos (34,7%) ou entre 25 e 35 anos (28,4%).

Esses dados refletem a crescente preferência dos brasileiros pelo trabalho remoto e a busca por uma melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho.

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