Tradição ou Risco: o lado obscuro dos trotes universitários que acabaram em tragédia

Os trotes universitários são uma tradição comum em muitas instituições de ensino superior no mundo. Eles geralmente envolvem os estudantes mais antigos “zoando” ou brincando com os calouros, tendo com o objetivo de unir os estudantes e criar uma sensação de comunidade dentro da universidade. No entanto, em alguns casos, os trotes podem ser violentos, perigosos e até mortais. As instituições de ensino superior estão sempre trabalhando para diminuir esses comportamentos.

Confira alguns exemplos de trotes realizados nas universidades:

• Raspagem de cabelo: Ocorre a raspagem da cabeça como forma de submissão.
• Bebedeira forçada: Os novos estudantes são obrigados a beber grandes quantidades de álcool em um curto período de tempo.
• Humilhação pública: Realização de atividades embaraçosas ou constrangedoras em público, como soprar tampinhas contendo farinha enquanto ficam agachados em uma fila.
• Provas de resistência física: Desafios físicos, como correr por longas distâncias, carregar pesos, etc.
• Trote psicológico: Situações de stress e humilhação que afetam sua saúde mental.

Infelizmente, também houve casos de trotes universitários no Brasil que acabaram em tragédias. Alguns exemplos são:

• Na Universidade de São Paulo (USP) há 13 anos, ocorreu o caso mais emblemático de trote violento. O calouro Edison Tsung Chi Hsueh foi encontrado morto no fundo da piscina da instituição após uma festa de recepção. Ele e outros calouros, na atlética da USP, foram forçados a entrar na piscina, porém o rapaz não sabia nadar.
• Em 2006, o Superior Tribunal de Justiça decidiu pela inocência de quatro estudantes acusados pela morte de um rapaz. A acusação do Ministério Público não foi considerada suficiente, pois não havia provas suficientes para manter o caso. Os estudantes foram inocentados e livres de qualquer culpa.
• Um estudante, que era calouro da Universidade Federal de Uberlândia, foi internado após sofrer mais de 250 picadas de formiga, devido a um trote cruel realizado por veteranos. Ele foi despido e coberto de tinta, e forçado a deitar sobre um formigueiro. A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) expulsou dois alunos e suspendeu outros 13 envolvidos no caso, mesmo após um deles tentar recorrer da decisão, alegando que o trote foi realizado fora do campus.

Se um estudante for submetido a um trote universitário, é importante que ele siga algumas medidas para garantir sua segurança e bem-estar, sendo eles:

• Converse com alguém de confiança: é importante que o estudante converse com alguém de confiança, como um amigo ou família, sobre o que está conectado. Eles podem ajudá-lo a lidar com o estresse e encontrar uma saída.
• Informe as autoridades: é importante que o aluno informe as autoridades da universidade, como o coordenador de curso, ou funcionários da orientação estudantil, sobre o que está transmitindo. Eles podem ajudar a garantir sua segurança e a colocar um fim às atividades de trote.
• Saia de situações perigosas: se o estudante se sentir ameaçado ou em risco, é importante que ele saia da situação o mais rápido possível. Ele deve procurar ajuda imediatamente se se sentir ameaçado ou ferido.
• Não participe de atividades ilegais: é importante que o aluno não participe de atividades ilegais ou perigosas, como beber em excesso ou realizar exercícios físicos exaustivos. Ele deve sempre pensar em sua segurança e bem-estar antes de tomar qualquer decisão.
• Converse com outros estudantes: é importante que o estudante converse com outros estudantes e discuta as suas preocupações com eles. Isso pode ajudá-lo a encontrar apoio e solidariedade em meio a uma situação difícil.