Transtorno alimentar em crianças e jovens: fique atento a estes sinais!

1 a cada 5 jovens tem algum tipo de transtorno. Entenda quais são os transtornos e os sinais que devem acender o alerta de que algo está errado.

Os transtornos alimentares representam condições complexas que afetam milhões de pessoas globalmente, com repercussões significativas sobre a saúde física e psicológica. Eles afetam a maneira como uma pessoa se relaciona com a comida e com a sua imagem corporal.

Particularmente em crianças e adolescentes, esses transtornos podem interferir no crescimento e desenvolvimento, além de estar associados a uma série de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Estudos, feitos com mais de 63 mil crianças, indicam que 1 a cada 5 jovens, entre 6 e 18 anos, apresenta alguma desordem alimentar. Esse número cresce quando são analisadas apenas as meninas, podendo chegar a 30%, em comparação com os 17% dos meninos.

Os pais e educadores devem estar atentos a sinais de alerta que podem indicar a presença de um transtorno alimentar. Mudanças notáveis no comportamento merecem atenção. Conheça alguns dos transtornos que afetam crianças e adolescente:

Transtornos alimentares

  • Anorexia nervosa: Caracteriza-se por uma percepção distorcida do próprio corpo, levando o indivíduo a ver-se como sobrepeso mesmo estando abaixo do peso saudável. Pessoas com anorexia impõem a si mesmas restrições alimentares severas, temem ganhar peso e estão obcecadas por dietas e emagrecimento.
  • Bulimia nervosa: Indivíduos com bulimia frequentemente passam por episódios de ingestão compulsiva, consumindo grandes quantidades de alimentos em curtos períodos, seguidos de comportamentos para evitar o ganho de peso, como vômitos induzidos, uso excessivo de laxantes e exercícios físicos intensivos.
  • Transtorno da compulsão alimentar periódica: Semelhante à bulimia, envolve episódios recorrentes de ingestão compulsiva, onde o indivíduo consome quantidades excessivas de alimentos em um curto espaço de tempo, mas sem adotar métodos compensatórios. Esses episódios trazem sentimentos de vergonha e culpa.
  • Transtorno alimentar restritivo evitativo: Não se relaciona diretamente com a imagem corporal ou medo de ganhar peso. Pessoas com este transtorno apresentam uma alimentação extremamente limitada, devido à desinteresse por comida ou aversão às texturas e cores dos alimentos.

A intervenção precoce é fundamental para o tratamento eficaz dos transtornos alimentares. Encorajar uma imagem corporal positiva, promover hábitos alimentares saudáveis e proporcionar um ambiente de apoio são passos cruciais para prevenir o desenvolvimento dessas condições. Mas quais os sinais de alerta para os transtornos?

Sinais para estar alerta

Anorexia:

  • Perda de peso drástica e rápida;
  • Preocupação excessiva com calorias, dietas e gorduras;
  • Comentários frequentes sobre se sentir gordo(a), mesmo estando abaixo do peso;
  • Uso de roupas largas para esconder a magreza;
  • Evitar refeições ou inventar desculpas para não comer.

Bulimia:

  • Idas frequentes ao banheiro após as refeições;
  • Comprar compulsivamente alimentos que serão consumidos secretamente;
  • Presença de embalagens de laxantes e diuréticos;
  • Cheiro de vômito constante no banheiro;
  • Mudanças de humor repentinas.

Transtorno da compulsão alimentar periódica:

  • Consumo de grandes quantidades de alimentos sem controle;
  • Comer em segredo devido a vergonha;
  • Estocar alimentos para consumir secretamente;
  • Sentimentos de culpa, vergonha ou nojo após comer.

Transtorno alimentar restritivo evitativo:

  • Dieta extremamente limitada e seletiva;
  • Distúrbios do crescimento e desenvolvimento devido à nutrição inadequada;
  • Falta de interesse em experimentar novos alimentos;
  • Preferência por consumir os mesmos alimentos diariamente.

O papel dos pais e educadores na identificação e no apoio aos jovens com transtornos alimentares não pode ser subestimado. Quando necessário, o tratamento pode envolver uma abordagem multidisciplinar, incluindo suporte nutricional, terapia psicológica e, em alguns casos, medicação. A educação sobre essas condições, juntamente com a promoção de um ambiente acolhedor e de suporte, é essencial para encorajar os jovens a buscar ajuda e iniciar o caminho para a recuperação.

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