Qual porcentagem do cérebro somos capazes de utilizar? E quanto usamos?
A afirmação que usamos apenas 10% de toda a nossa atividade cerebral não é cientificamente comprovada.
Muitos ainda acreditam que usamos apenas 10% do cérebro. No entanto, apesar desta afirmação ter sido muito difundida ou longo dos anos, não é verdadeiramente científica.
Isso porque, foi comprovado que no dia a dia podemos usar 100% de todas as regiões cerebrais, e não apenas 10% como dito em alguns livros e filmes e atrelado a cientistas famosos erroneamente.
De onde veio a ideia de usar apenas 10% do cérebro?
Não se sabe ao certo de onde veio a afirmação de que conseguimos usar apenas 10% de toda a nossa atividade cerebral. Afinal, essa informação foi repassada de forma muito rápida, apesar de ter sido identificada pela primeira vez em 1936, no livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas”.
Ademais, essa alegação também foi erroneamente relacionada com o psicólogo norte-americano William James e até mesmo com Albert Einstein. No entanto, não existem provas concretas de nenhum dos dois terem confirmado essa informação dentro da neurociência.
Além disso, no filme “Lucy”, de 2014, utilizou-se essa crença de usarmos apenas 10% do nosso cérebro como tema principal da trama.
Como resultado, muitas pessoas ainda acreditavam nessa informação, uma vez que o filme foi relevante na época, levando muitas pessoas a assisti-lo.
Como conseguimos usar 100% de nossa atividade cerebral?
Apesar de tudo, os avanços científicos dentro dos exames de imagem, a exemplo da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) e da Ressonância Magnética Funcional (FMRI), permitiram maior facilidade em analisar as regiões cerebrais ativadas quando realizamos alguma ação.
Dessa forma, apesar da neurociência ser uma área científica muito misteriosa e complexa para os cientistas, já é possível responder muitas perguntas que antigamente eram difíceis de serem respondidas.
Com isso, houve a confirmação de que diferentes áreas do cérebro são ativadas a depender da atividade realizada. Assim, não usamos 100% de todas as áreas ao mesmo tempo, porém não nos limitamos a apenas 10% de nenhuma região ou conexão neural específica.
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