Usar potes plásticos para guardar alimentos pode ser prejudicial, dizem autoridades

O uso de potes plásticos para armazenar alimentos tem levantado discussões entre as autoridades sanitárias por supostamente causar dos danos à saúde. Entenda o assunto!

O uso de potes plásticos para armazenar alimentos é uma prática comum em casa ou para transportar refeições. No entanto, o uso dos utensílios de plástico é cercado de dúvidas sobre os prejuízos que eles podem causar à saúde.

No meio dessa discussão estão diversas opiniões públicas e estudos de associações e entidades ligadas à saúde, como a Anvisa, a OMS e outras agências sanitárias internacionais.

De acordo com os estudos feitos por esses órgãos, o principal vilão dos potes é o BPA, um composto químico usado na produção de alguns recipientes de plástico.

O argumento central da discussão é que o BPA pode ser transferido dos potes plásticos para os alimentos em determinadas condições, como, por exemplo, a exposição a altas temperaturas.

Esse processo supostamente pode causar inúmeros problemas de saúde, como câncer e distúrbios hormonais.  Confira abaixo o que é o BPA e se potes plásticos podem ser prejudiciais à saúde!

Qual o risco de usar potes plásticos para armazenar alimentos?

Os potes plásticos são recipientes que passam por um processo químico de produção. Entre os compostos químicos de alguns potes está presente o Bisfenol A (BPA), principalmente nos produtos de policarbonato e vernizes epóxi.

De acordo com a Anvisa, o policarbonato tem alta transparência e resistência térmica, portanto, era utilizado na produção de mamadeiras, copos infantis e até mesmo nos garrafões de água.

Nas últimas décadas, um debate foi iniciado a respeito da segurança dos potes com BPA, devido à supostos problemas de saúde, como distúrbios hormonais, risco de câncer e problemas de desenvolvimento infantil.

Assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou, em 2010, uma reunião com especialistas para determinar os riscos do composto químico.

O resultado da análise determinou que o risco do BPA só ocorre em doses elevadas. Mas, a organização orientou para a necessidade de outros estudos para diminuir as incertezas quanto ao contato com embalagens plásticas com BPA.

A partir disso, muitos países proibiram a importação de mamadeiras feitas com BPA. No caso do Brasil, desde 2012 é proibida a fabricação e a importação desses produtos.

Para outras embalagens, segundo a Anvisa, “a legislação estabelece o limite máximo de migração específica desta substância para o alimento, que foi definido com base nos resultados de estudos toxicológicos”.

Em meio à polêmica, muitos produtos passaram a ser produzidos sem o BPA. Esses produtos têm um selo na embalagem, informando que é indicado pelas expressões  ‘BPA Free’ ou ‘Livre de BPA’.

Os estudos científicos e as discussões sobre os plásticos com BPA ainda estão acontecendo. No momento, uma saída para os consumidores pode ser usar outras embalagens, como as de vidro, ou buscar produtos com o selo de BPA Free.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.