USB-C fez promessa de unificação, mas virou confusão para usuários

Padrão USB-C trouxe novos desafios aos consumidores, apesar de prometer uniformidade nos dispositivos.

O padrão USB-C surgiu como uma solução para unificar os conectores de dispositivos eletrônicos, ao prometer mais praticidade e simplicidade.

A União Europeia, ao reconhecer os benefícios dessa padronização, tornou obrigatória a adoção do USB-C em celulares e tablets. Até a Apple, conhecida por seus conectores proprietários, cedeu à tendência.

Entretanto, a esperança de simplificar a conexão de dispositivos se tornou uma dor de cabeça. A dificuldade em identificar o cabo adequado para cada função, seja para carregamento ou transmissão de dados, transformou a solução prometida em um novo problema.

A variabilidade dos cabos USB-C em termos de capacidades e compatibilidades gera confusão entre os usuários.

Cabos USB ainda sofrem com falta de uniformização – Imagem: reprodução/Lucian Alexe/Unsplash

Evolução do padrão USB: de específico a genérico

O USB-C pretendeu unificar diferentes conectores, mas acabou eliminando as diferenças visuais que facilitavam a identificação de funções.

Antes, cada tipo de USB apresentava cores e formatos distintos, sugerindo seu desempenho. Tal padronização, embora vantajosa, removeu essas pistas visuais.

Além das múltiplas versões do padrão USB, outros padrões, como DisplayPort, HDMI e Thunderbolt, utilizam o USB-C, complicando ainda mais o cenário.

O Thunderbolt 5, anunciado em setembro de 2023, também adere a esse conector, o que amplia seu uso, mas aumenta as dúvidas.

Identificação: o calcanhar de Aquiles do USB-C

Embora exista uma tentativa de identificação de cabos e conectores, como nos cabos Thunderbolt que exibem números e logotipos, tal prática ainda não se tornou comum.

A USB Implementers Forum (USB-IF), instituição voltada à promoção e à manutenção da tecnologia USB, já recomendou etiquetas de identificação para os cabos, mas a adesão da indústria é limitada.

Importância da regulamentação

A União Europeia, que exigiu o uso do USB-C, poderia também obrigar a identificação clara dos cabos e conectores.

Com a diversidade de padrões e protocolos, tal medida se faz necessária para evitar a confusão dos consumidores.

O USB-C, inicialmente uma promessa de unificação e simplicidade, acabou se tornando um desafio adicional.

A identificação padronizada dos cabos e conectores seria um passo importante para aliviar a confusão e garantir o uso eficiente desse conector universal.

Portanto, é esperado que a regulação internacional busque soluções mais claras para os usuários.

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