Uso de animais para testagem de cosméticos é proibida no Brasil
Historicamente, muitos produtos foram testados em animais para avaliar sua segurança em humanos, mas agora isso foi proibido.
Foi publicado no Diário Oficial da União na última quarta-feira (1º), pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), colegiado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a proibição do uso de animais vertebrados, como cachorros e ratos, para o desenvolvimento e controle de qualidade de cosméticos. Entenda!
Abandono de um hábito antigo no setor de cosméticos
Historicamente, muitos produtos foram testados em animais para avaliar sua segurança e eficácia antes de serem comercializados para uso humano.
No entanto, nos últimos anos, houve um crescente movimento global em direção à adoção de métodos alternativos de teste, que não envolvem o uso de animais.
A medida publicada vale para testes de produtos que já têm na fórmula componentes com segurança e eficácia comprovadas. Para produtos com fórmulas novas sem comprovação de segurança ou eficácia, a norma obriga o uso de métodos alternativos de pesquisa.
Segundo a coordenadora do Concea, Kátia de Angelis, existem métodos reconhecidos que envolvem toxicidade dérmica com pele artificial e irritação ocular com córnea artificial, no total são 40 métodos reconhecidos.
”Isso faz com que nós, utilizando esses métodos alternativos, possamos manter a nossa autonomia de estudar novos ingredientes, produtos da nossa biodiversidade da Amazônia, por exemplo, com a possibilidade de não usar animais ou eventualmente usar um número muito pequeno de animais”, explica.
Na União Europeia, os testes em animais já são proibidos. Com a nova decisão, o Brasil se alinha com a legislação internacional.
Para a presidente da Confederação Brasileira de Proteção Animal, Carolina Mourão, a proibição terá impacto positivo na defesa dos animais.
“Essa medida, embora não seja o fim do uso de animais para todos os tipos de testes que o Brasil abarca, poupa um enorme número de vidas de todos os tipos de animais que conhecemos, desde cães, cavalos, bois e aves”.
A proibição foi aprovada em dezembro do ano passado em reunião do Concea e assinada na última terça-feira, 28, pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
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