Uso prolongado de telas pode levar a comportamentos suicidas em pré-adolescentes
Tem sido observado um aumento expressivo na quantidade de horas que as pessoas passam em frente às telas, chegando a uma média diária superior a 7 horas.
Recentemente, estudos mostram que passar muito tempo em telas de dispositivos eletrônicos, como assistir a vídeos, jogar videogames, enviar mensagens de texto e conversar por vídeo, pode aumentar o risco de comportamentos suicidas em crianças de 9 a 11 anos de idade.
De acordo com uma pesquisa publicada na revista Preventive Medicine, um aumento de uma hora no tempo de tela pode aumentar em 9% a possibilidade de auto-relato de tendências suicidas em crianças.
Ainda segundo o estudo, o tempo de tela, que se refere à quantidade de tempo que as pessoas passam usando dispositivos eletrônicos, aumentou significativamente nos últimos anos, com uma média de mais de 7 horas por dia. O autor sênior do estudo, Jason Nagata, professor assistente de pediatria da Universidade da Califórnia, afirma que o uso excessivo de telas pode levar ao isolamento social, cyberbullying e interrupção do sono, o que pode piorar a saúde mental.
A crise de saúde mental juvenil se agrava, sendo que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre adolescentes. O estudo extraiu dados do estudo nacional Adolescent Brain Cognitive Development (ABCD), que coletou dados de tempo de tela de 11.633 crianças de 9 a 11 anos que foram acompanhadas por dois anos.
Embora o estudo tenha sido realizado antes da pandemia, seus resultados são especialmente relevantes agora, considerando que o tempo de tela dos adolescentes dobrou para quase oito horas diárias no início da pandemia.
Os pais devem conversar regularmente com seus filhos sobre o uso de telas e os comportamentos apropriados, para tentar mitigar os riscos adversos à saúde mental do tempo excessivo no celular ou outro dispositivo eletrônico.
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