A forma como as pessoas se comunicam evoluiu muito nos últimos anos, principalmente por conta do avanço tecnológico, mas, ainda sim, existe um déficit voltado para acessibilidade de pessoas com deficiência visual, que possivelmente será sanado aos poucos e com a colaboração de todos.
Hoje já é possível encontrar empresas que utilizam o sistema braile para ampliar o acesso à informação. Isso tem acontecido gradativamente através do uso de pontos em relevo em embalagens de medicamentos, cosméticos e alimentos, em cartões de visita e em cardápios.
Esse sistema universal de leitura tátil e escrita braile foi desenvolvido na França por Louis Braille, um jovem cego, a partir do sistema de leitura no escuro, para uso militar, de Charles Barbier. Ele é considerado um dos meios mais eficazes para facilitar o acesso à educação e à informação para a pessoa cega, que enfrenta grandes desafios no seu dia a dia.
É importante que as pessoas tenham consciência de que o preconceito se torna uma barreira que tende a manter o deficiente visual isolada da sociedade. Neste caso, a dificuldade de se comunicar ou até mesmo a falta de acesso à informação pode fazer com que suas perspectivas sejam ainda menores.
Com o objetivo de te ajudar a se comunicar com esses públicos e permitir que os mesmos se sintam mais incluídos na sociedade, a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) desenvolveu uma plataforma que oferece um curso online gratuito de braille. Podem participar pessoas de qualquer idade que não tenham deficiências visuais, sendo que o material está disponível na língua portuguesa, inglesa e espanhola.
O aprendizado do sistema é composto por 63 símbolos formados pela combinação de seis pontos em uma célula. O indivíduo que vê pode ler textos em braile apenas substituindo as letras comuns pela nova simbologia.
O curso é desenvolvido através do Braille Virtual, uma animação gráfica que tem o objetivo de facilitar o aprendizado do sistema. Com os símbolos divididos em grupos de 10, o usuário poderá perceber primeiramente quais pontos formam cada letra Braille. Num segundo momento há a repetição de cada letra, no intuito de facilitar a memorização.
Após terminar a animação, o usuário pode clicar em cada célula Braille disposta para repetir o aprendizado. A partir do segundo grupo de letras, ao se acrescentar ou retirar apenas um ponto do grupo anterior, forma-se um novo grupo de letras, o que acelera ainda mais o processo.
Acesse aqui o curso grátis de Braille
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