Vai ser mais caro ter um animal de estimação? Entenda as discussões por trás do ‘imposto pet’

Saiba mais sobre a realidade do imposto pet na Europa e o debate sobre sua implementação no Brasil, considerando gastos e regulamentações.

Ter um animal de estimação representa responsabilidades financeiras que vão além dos cuidados básicos. Na Europa, muitos proprietários já enfrentam a cobrança do chamado imposto pet. Esta taxa visa cobrir gastos relacionados à saúde pública e gestão animal.

Na Alemanha, por exemplo, os donos de cães pagam uma taxa anual que pode variar conforme a quantidade e a raça dos animais. Essa tributação gera um impacto significativo no orçamento familiar, especialmente em cidades como Berlim.

Diante desse cenário, surge a discussão sobre a possibilidade de implementação de um imposto similar no Brasil. Entretanto, especialistas questionam a viabilidade dessa medida, dados os desafios estruturais e de serviço no país.

Imposto pet: como funciona na Europa?

Foto: Shutterstock

  • Tributação na Alemanha

Na capital alemã, os tutores de cães enfrentam uma taxa anual de 120 euros, cerca de R$ 740. Caso o proprietário tenha mais de um animal, o valor extra chega a 180 euros ou aproximadamente R$ 1.100. Para raças consideradas perigosas, as tarifas são ainda maiores, podendo atingir 600 euros.

  • Registro e multas

Além do imposto, é obrigatório registrar os cães com chips, que custam 17,50 euros ou cerca de R$ 108. O não cumprimento dessas normas resulta em multas que passam dos 10 mil euros, cerca de R$ 62 mil.

Qual a finalidade do imposto pet?

O principal objetivo desse imposto é promover a saúde pública. Os recursos arrecadados financiam ações como campanhas educativas e melhorias em infraestrutura urbana para o descarte de dejetos animais, além de treinamentos para donos de pets.

Por outro lado, advogados destacam os desafios para a implementação dessa taxa no Brasil. O motivo: a falta de serviços veterinários públicos adequados, o que torna a medida inviável atualmente.

Recentemente, o Senado aprovou um projeto que propõe a criação de um cadastro nacional de animais de estimação. A medida busca centralizar informações sobre tutores e pets, mas não inclui a cobrança de novos impostos.

O futuro do imposto pet no Brasil ainda é incerto. Embora a ideia tenha levantado debates, especialistas e a atual estrutura de serviços indicam que essa não é uma realidade próxima. Enquanto isso, projetos como o cadastro nacional buscam melhorar a gestão dos animais no país.

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