Vape: conheça os perigos do cigarro eletrônico para a boca

Você já ouviu falar no chamado cigarro eletrônico, ou vape? Esse produto pode ser extremamente nocivo à saúde bucal.

Nos últimos anos um novo e perigoso produto apareceu na indústria e logo caiu no gosto principalmente dos mais jovens: o vape. Também é chamado de cigarro eletrônico, ele nada mais é que uma espécie de cigarro high-tech.

A maioria dos usuários do vape justifica o seu uso dizendo que o produto seria menos prejudicial à saúde. Mas, será mesmo?

Até onde se sabe, não existem muitas diferenças entre o cigarro eletrônico e o cigarro convencional no que diz respeito aos perigos oferecidos à saúde.

Neste artigo nós queremos alertar sobre alguns tipos de doenças bucais que podem aparecer em decorrência do uso desse equipamento. Veja abaixo!

Como funciona o vape?

Os cigarros eletrônicos podem ter vários tamanhos e formatos, podendo parecer com uma caneta, um pendrive ou um frasco de perfume, por exemplo.

No seu interior existe uma bateria que pode ser recarregada como a bateria de um celular, um dispositivo que gera calor e um recipiente onde fica o líquido que produz a fumaça do vape.

Esse tal líquido, chamado de “suco para vape”, é uma sopa nociva à saúde que contém nicotina, corantes, aromatizantes, propilenoglicol e outras substâncias tóxicas.

Para “fumar” o usuário aciona o dispositivo aquecedor que, por sua vez, aquece o líquido e gera a fumaça. Todo o processo é gerado pela energia fornecida pela bateria do vape.

Os usuários do cigarro eletrônico afirmam que a substância que produz a fumaça não é nociva à saúde, uma vez que não contém alcatrão e monóxido de carbono, duas substâncias que estão presentes nos cigarros convencionais.

Contudo, a nicotina e outros elementos que compõem o tal “suco” podem trazer até mais riscos à saúde dos pulmões e da boca, como vamos ver a seguir.

Principais tipos de doenças bucais o cigarro eletrônico pode causar

(Imagem: divulgação)

Feridas na mucosa oral

A nicotina, que está presente em larga escala no “suco para vape”, pode, entre outras coisas, reduzir o fluxo sanguíneo dos tecidos da boca.

Por causa desse feito, a mucosa oral fica pálida e retraída, o que aumenta a sensibilidade na própria mucosa e também nos dentes, que ficam mais expostos.

Com isso, torna-se bem mais fácil ferir a gengiva ou o céu da boca, e a cicatrização também é prejudicada nesse processo.

Infecções

Quem insiste em usar o cigarro eletrônico também precisa se preocupar com um risco maior de infecções orais.

O uso do vape favorece a proliferação de fungos e bactérias que causam infecções como a periodontite e a gengivite, além de cáries nos dentes.

Esse quadro insalubre pode acarretar na perda de dentes e até quadros infecciosos mais graves, onde ossos mais profundos podem ser afetados.

Além disso, outras infecções orais graves podem aparecer, como é o caso da candidíase oral.

Boca seca

O distúrbio conhecido como boca seca é provocado pela diminuição das atividades das glândulas salivares ou obstrução dos dutos de saliva.

O cigarro eletrônico pode causar esse problema, já que as substâncias que o compõem podem tanto obstruir os dutos salivares quanto interferir no funcionamento das glândulas.

Dessa forma, ter a boca seca e experimentar as consequências do distúrbio, como o mau hálito, por exemplo, pode ser também vivenciado pelos utilizadores do vape.

Câncer de boca

Ainda não é conclusivo, mas as evidências científicas levam a crer que, assim como o cigarro normal, o vape também possa provocar o aparecimento de algum tipo de câncer de boca.

Isso porque o aparecimento de células malignas na cavidade oral tem como um dos principais motivos a incidência de substâncias nocivas na boca, como a nicotina e o alcatrão, por exemplo.

Pare de fumar, não importa o quê!

Como vimos ao longo do texto, o vape está longe de ser uma solução frente ao uso do cigarro. Esse produto nocivo oferece quase os mesmos riscos que um cigarro convencional.

Por isso, o ideal de verdade é abandonar o tabagismo, não importando o tipo de cigarro que esteja sendo usado.

Mesmo que o cigarro eletrônico não oferecesse riscos agudos à saúde física, com certeza não seria recomendado por causa do seu potencial destrutivo à saúde mental, uma vez que com certeza é viciante.

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