Verde e vermelho: por que estas 2 cores são consideradas símbolos do Natal?
Como as cores vermelha e verde se tornaram ícones universais da celebração natalina? É preciso voltar no tempo para essa resposta.
A época natalina é reconhecida mundialmente por suas cores vibrantes, especialmente o vermelho e o verde. Essas tonalidades estão presentes em cada detalhe das festividades, desde decorações e vestimentas até pratos tradicionais. Mas de onde surgiu essa combinação cromática?
Essas cores não são apenas uma preferência moderna: sua ligação com o Natal remonta a antigas tradições e episódios históricos. Diversas culturas e períodos contribuíram para que o verde e o vermelho se tornassem sinônimos desse momento especial do ano.
Heranças romanas e pagãs
- Saturnália: a origem
A festividade romana de Saturnália, comemorada entre 17 e 23 de dezembro, é uma das primeiras a associar essas cores ao Natal. Durante a celebração, os romanos utilizavam ramos de azevinho para adornar suas casas, simbolizando sorte e prosperidade.
Convém lembrar que, ao longo dessa semana, as famílias romanas trocavam presentes decorados com azevinho. Isso criou uma forte ligação entre essas cores e o espírito festivo.
- Influência cristã
Com a expansão do Cristianismo, muitas tradições pagãs foram adaptadas pela Igreja Católica. No século XIV, igrejas começaram a utilizar verde e vermelho para decorar espaços internos, vinculando essas cores à celebração do nascimento de Cristo.
Foto: Light Sotck/Shutterstock
Contribuições celtas e vitorianas
- Tradições celtas
Os antigos celtas também desempenharam um papel significativo ao integrar o azevinho como símbolo de proteção durante o solstício de inverno. A planta, com folhas verdes e frutos vermelhos, reforçou a presença dessas cores nas tradições natalinas.
- Era vitoriana: popularização
Durante o século XIX, as tradições vitorianas consolidaram ainda mais o uso do verde e do vermelho. Elementos como calendários do advento, cartões de Natal e velas vermelhas tornaram-se comuns, imortalizando a paleta cromática natalina.
Papai Noel e a era moderna
No século XX, a representação do Papai Noel pela Coca-Cola, criada por Haddon Sundblom em 1931, popularizou ainda mais o vermelho e o verde. A imagem de um Papai Noel rechonchudo e feliz, trajando essas cores, tornou-se um ícone indiscutível das celebrações natalinas.
Através dos séculos, tradições diversas e campanhas publicitárias fizeram do verde e vermelho as cores universais do Natal. Essa combinação, rica em simbolismo e história, continua a trazer alegria e união a cada dezembro, evocando sentimentos inalteráveis de celebração e esperança.
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