Vestígios do Big Bang foram detectados próximo a Via Láctea; confira imagens

Uma das maiores teorias acerca da origem da vida ganhou nova evidência científica. Com isso, determinada linha de pensamento conquista uma força maior.

A detecção de um vestígio ondulatório da época em que o universo era opaco é uma descoberta significativa na astronomia e cosmologia.

O vestígio foi encontrado em um superaglomerado de galáxias próximo ao nosso próprio superaglomerado, conhecido como Laniakea. Especificamente, trata-se de uma característica chamada Oscilação Acústica Bariônica (BAO).

Essas oscilações acústicas bariônicas são marcas deixadas na matéria do universo por perturbações que ocorreram logo após o Big Bang.

Elas representam variações de densidade na matéria primordial do universo e são resultado de flutuações de pressão e densidade que se propagaram através do plasma quente e denso que preenchia o cosmos na época em que a luz não podia viajar livremente.

Vestígios do Big Bang

A existência de uma bolha com cerca de 1 bilhão de anos-luz de diâmetro, que abriga essas oscilações acústicas, é uma evidência intrigante de como o universo evoluiu e se expandiu ao longo de bilhões de anos.

A liderança do Dr. Brent Tully nesta pesquisa demonstra o empenho de cientistas dedicados em expandir nosso conhecimento sobre o cosmos e compartilhar suas descobertas com o mundo.

(Imagem: Frédéric Durillon/Animea Studio/Daniel Pomarède/IRFU/Reprodução)

A explicação dada pelos astrofísicos, sobre o universo ser opaco naquela época devido à incapacidade dos fótons de viajar sem serem absorvidos por átomos como o deutério, é fundamental para compreendermos as condições do cosmos primitivo.

Essa absorção de fótons por átomos primordiais era uma característica crucial do universo nas primeiras eras após o Big Bang, quando os elementos e a estrutura cósmica estavam se formando.

A descoberta acidental da Oscilação Acústica Bariônica (BAO) pelo Dr. Brent Tully e sua equipe é uma demonstração notável da serendipidade na pesquisa científica.

Mesmo que não fossem especificamente procuradas por BAOs, a descoberta dessas características é de grande relevância, pois elas podem fornecer informações cruciais sobre o universo primitivo.

Além disso, a proximidade da bolha contendo o BAO à Via Láctea, menor do que o previsto, é uma descoberta intrigante.

Isso pode ter implicações importantes para a nossa compreensão das taxas de expansão do universo, um dos aspectos fundamentais da cosmologia.

A publicação do artigo no The Astrophysical Journal destaca a importância da divulgação científica e do compartilhamento de descobertas com a comunidade acadêmica e o público em geral.

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