VLT de Cuiabá será desmontado após abandono de obras e projeto não segue adiante

O que era para estar pronto antes da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, está tendo um fim agora. O governo de Mato Grosso viabilizou a proposta do VLT (Veículos Leves Sobre Trilhos), custando R$ 1 bilhão para que o projeto fosse concluído, com o objetivo de interligar Cuiabá e Várzea Grande. Agora, o projeto bilionário é destruído e poderá se tornar um BRT.

Fim do VLT de Cuiabá

Nesta semana, o BRT começou a ser analisado como uma proposta para substituir o VLT na capital. O atraso na entrega foi motivado por inúmeras denúncias de irregularidades no projeto.

Após a descoberta de irregularidades, o governo do Mato Grosso rescindiu contrato com a empresa responsável, ainda em 2017. O ano da rescisão já contava com três anos de atraso na entrega do VLT.

Ao todo, 80% da obra do VLT estava pronta e o governador Mauro Mendes decidiu desfazer de toda a estrutura para implementar o BRT.

As novas obras, como afirmou o governador do estado, não custarão os mesmos valores aos cofres públicos e terão um orçamento inferior.

Obras o VLT são destruídas e BRT entra como substituto

O BRT terá um alcance maior e melhor, garantindo que a mobilidade urbana teria reformulações e as tarifas aos usuários do BRT também seriam por um valor mais acessível.

Apesar da decisão do governo estadual, a prefeitura de Cuiabá não concorda com a mudança e recorreu ao TCE-MT (Tribunal de Contas Estadual) e ao TCU (Tribunal de Contas da União) para tentar impedir o desmanche das obras que estavam quase prontas.

O TCE foi contra a prefeitura da capital, mas o TCU acatou a intervenção e determinou que as obras sejam suspensas.

Em dezembro de 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF), mediante a decisão do ministro Dias Toffoli, afirmou que o TCU não tem parte do processo e, portanto, não deve ter a opinião considerada. A prefeitura de Cuiabá segue criticando o posicionamento do governo estadual.