WhatsApp pode estar com dias contados no Reino Unido

O aplicativo do grupo Meta conta com recurso para assegurar sigilo nas conversas. Mas lei pode ameaçar privacidade.

Nos últimos dias, uma polêmica surgiu no Reino Unido relacionada à aprovação de uma lei que tem como objetivo promover a segurança digital. A possível consequência é a saída do WhatsApp do país, já que o aplicativo se recusa a remover a criptografia de ponta a ponta, que é um recurso para garantir a privacidade total das conversas no app.

WhatsApp pode estar com dias contados no Reino Unido

A busca por moderação de conteúdo em plataformas digitais tem sido um desafio para vários governos. No Reino Unido, está em discussão a Online Safety Bill, ou Lei de Segurança Digital, com o objetivo de promover a moderação de conteúdo para evitar a disseminação de notícias contendo pornografia de vingança, discurso de ódio, incitação à violência, abuso infantil e outros crimes semelhantes

Segundo a proposta, a ideia é que todos os provedores de redes sociais e outras plataformas digitais realizem a moderação de conteúdo na rede. No entanto, devido à criptografia de ponta a ponta no WhatsApp, a moderação do conteúdo seria impossível.

Dessa maneira, a única solução para continuar ativo no país seria remover a tecnologia de criptografia de ponta a ponta, o que resulta na perda de segurança e proteção de dados dos usuários, com possibilidade para que outras pessoas espionem suas conversas.

Conforme dispõe o projeto de lei, caso alguma empresa desobedeça as regras, a penalidade pode ser severa: Aplicação de multas no total de até 4% sobre o faturamento anual das companhias.

Diante desse cenário, a Meta afirma que prefere deixar de disponibilizar o aplicativo no país, já que valoriza a privacidade e proteção de dados dos usuários. A medida seria considerada um retrocesso em termos de segurança digital.

A criptografia de ponta a ponta é tão importante que, além da Meta, outras plataformas também se manifestaram contra a medida, como a Signal, considerada uma organização sem fins lucrativos que opera no Reino Unido.

A proposta é de 2021 e atualmente encontra-se em discussão no Parlamento britânico.

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