1° vírus de computador: descubra como e por que foi criado
Conheça a história do Elk Cloner, o primeiro vírus de computador a existir e seu imprevisível impacto na segurança digital.
No contexto digital de hoje, falar em vírus de computador imediatamente suscita imagens de malwares destrutivos e invasões de privacidade.
No entanto, houve um tempo em que essa noção estava distante da realidade.
Este é o caso do Elk Cloner, o vírus que começou como uma brincadeira inocente e acabou se tornando um marco na história dos softwares maliciosos.
O que foi o Elk Cloner?
Elk Cloner: o início inocente dos vírus de computador – Imagem: Wikipedia/Reprodução
O Elk Cloner foi desenvolvido em 1982 por um estudante do ensino médio chamado Rich Skrenta. Ele infectava computadores Apple II — muito usados na época — por meio de um mecanismo de replicação de disquete.
Skrenta, conhecido entre os amigos por seus pequenos trotes e jogos, criou o Elk Cloner como uma pegadinha simples, sem a intenção de causar dano real.
Como o esse vírus se disseminava?
O método de infecção do vírus era rudimentar, porém eficaz. Inicialmente, o vírus instalava-se na memória do sistema e se ocultava nos disquetes de 5,25 polegadas.
Cada computador que inicializava com um disquete infectado automaticamente copiava o vírus, espalhando-o sem que o usuário percebesse.
Uma vez inserido em 50 discos diferentes, o vírus ‘despertava’ e mostrava um poema na tela, revelando sua presença de forma inofensiva, mas assustadora.
Qual era a mensagem do Elk Cloner?
Aos 50 usos do disquete, o screen do computador apresentava o seguinte poema criado por Skrenta:
“Elk Cloner: o programa com personalidade; Ele estará presente em todos os seus discos; Ele vai infiltrar em seus chips. Sim, é o Cloner! Ele vai grudar em você como cola; Ele vai modificar sua RAM também; Envie o Cloner!”
Este poema, embora lúdico, marcava a realidade da infecção e servia como um despertar precoce sobre os perigos dos softwares auto replicáveis.
Impacto e legado do Elk Cloner
O Elk Cloner provocou uma reflexão na indústria de tecnologia sobre a necessidade de software antivírus e de práticas seguras de computação.
Skrenta, muitos anos depois, expressou em seu blog pessoal, agora inativo, seu arrependimento pela brincadeira que, segundo ele, despertou uma fascinação mundial por vírus computacionais.
O Elk Cloner não causava danos aos arquivos do sistema, mas abriu as portas para que vírus mais maliciosos explorassem as vulnerabilidades dos sistemas informáticos.
A história de Skrenta e do Elk Cloner serve como um lembrete de que, no mundo da tecnologia, até mesmo uma brincadeira inocente pode ter consequências inesperadas e duradouras.
A evolução dos malwares
Desde o surgimento do Elk Cloner, o cenário de malwares evoluiu drasticamente, com vírus que podem causar danos irreparáveis a indivíduos e organizações.
Essa evolução destaca a importância da segurança cibernética como uma das principais preocupações no mundo conectado de hoje.
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