1,5 milhão de pessoas vivem isoladas no Japão após Covid, diz governo

Um quinto dos casos de hikikomori entre pessoas em idade ativa foram causados pelas pressões relacionadas à pandemia.

No Japão, cerca de um quinto dos casos de reclusão social é atribuído à pandemia de Covid-19, segundo pesquisa do governo. A pesquisa ainda apontou que quase 1,5 milhão de pessoas em idade ativa vivem em reclusão social no país.

O gabinete (órgão executivo do governo do Japão) informou que problemas de relacionamento e perda de emprego são fatores que levam muitos hikikomori a se retirarem da sociedade. Cerca de 20,6% disseram que a pandemia foi a causa de sua situação.

Hikikomori é um termo japonês usado para descrever pessoas que se afastam da sociedade e passam a maior parte do tempo isoladas em casa, sem contato social significativo ou envolvimento em atividades escolares, profissionais ou sociais.

De acordo com uma pesquisa do governo japonês realizada no final do ano passado, mais de 20% dos entrevistados com idades entre 15 e 39 anos estavam socialmente isolados por até seis meses. Mais de 20% dos entrevistados citaram problemas de relacionamento interpessoal e pouco mais de 18% citaram a pandemia.

No Japão, a saída do emprego foi citada como o principal motivo para o comportamento de reclusão social entre pessoas com idades entre 40 e 64 anos, segundo pesquisa. Em seguida, 20,6% citaram a pandemia.

Embora o Japão não tenha imposto lockdowns, as medidas para conter a propagação do vírus incluíram o incentivo ao teletrabalho e ensino remoto.

A afluência nas ruas que geralmente estão cheias de pessoas caiu drasticamente devido às ordens de fechamento mais cedo de restaurantes, bares e outros setores da economia noturna, sob pena de multas.

Algumas autoridades locais tomaram medidas para ajudar as pessoas que vivem em reclusão social, como a ala de Edogawa, em Tóquio, que organizará eventos de socialização virtual a partir de junho, permitindo que os hikikomori conheçam pessoas através de seus avatares.

 

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