35% de etanol na gasolina: o que significa para o desempenho do seu carro?

O alerta é válido para donos de carros antigos ou modelos flex, pois vão precisar demandar maior atenção.

Na última quarta-feira (13), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que propõe um aumento significativo na mistura de etanol na gasolina, passando dos atuais 22% para 27%, com o objetivo de futuramente atingir uma proporção de até 35%.

Sob o título de “combustíveis do futuro”, essa iniciativa busca promover uma maior utilização do derivado de cana-de-açúcar na composição da gasolina.

Apesar da aprovação no Congresso Nacional, essa mudança não vem sem questionamentos e preocupações, especialmente no que diz respeito aos potenciais impactos nos veículos.

Com a proposta avançando para análise no Senado Federal, surge a incerteza sobre como os carros reagirão a esse reajuste na composição do combustível e quais seriam os possíveis desdobramentos para os proprietários de automóveis.

A medida adotada faz parte de um amplo processo de transição energética, que tem como objetivo principal a redução das emissões de carbono no Brasil.

Essa mudança na composição dos combustíveis segue para fortalecer o papel do etanol como uma fonte de energia mais limpa e sustentável, alinhada aos objetivos de mitigação das mudanças climáticas e de promoção da sustentabilidade ambiental.

Consequências do reajuste da gasolina

De acordo com Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), os motoristas de carros flex sentirão o impacto do aumento da mistura de etanol na gasolina principalmente no bolso, devido ao maior consumo de combustível decorrente do menor poder calorífico do etanol.

Já para os proprietários de carros movidos exclusivamente a gasolina, especialmente os mais antigos, a situação é mais complexa.

Segundo o especialista, alguns veículos mais antigos podem enfrentar problemas mecânicos devido ao teor mais elevado de etanol, como ataques a materiais, corrosão de borrachas e elastômeros, além de possíveis falhas causadas pelo não reconhecimento do combustível pelos sensores do veículo.

O diretor de combustíveis da AEA também destacou que muitos veículos mais antigos foram ajustados para operar com uma mistura de até 22% de etanol na gasolina, e por isso os 35% podem ser prejudiciais.

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