4 dicas importantes ao usar aspas e como evitar plágios nos textos

Você já refletiu sobre o impacto das aspas em uma frase? Errar ao empregá-las pode mudar totalmente o sentido do que queremos transmitir. No Enem, tal deslize pode custar pontos preciosos. Para evitar isso, vamos aprender a evitar tal armadilha?

A seguir, explicamos quatro dicas para utilizar esse recurso importante na escrita e comunicação eficaz, além de falarmos da importância das aspas para evitar plágios.

Aspas são recursos importantes para direcionar o foco de quem fala dentro do texto ou ressaltar termos – Imagem: reprodução

O que são aspas?

De acordo com dicionários, as aspas são sinais gráficos que isolam citações ou destacam palavras em textos. No entanto, é essencial seguir regras específicas para aplicar o seu uso adequado. Vamos conhecer as principais?

Erros comuns e suas correções

1. Ênfase indevida: usar aspas para destacar positivamente pode sugerir ironia. Prefira o negrito para ressaltar adequadamente, como títulos de obras, palavras de outro idioma, neologismos e gírias;

2. Uso excessivo: evite a poluição visual com aspas desnecessárias, destaque apenas o essencial, como exemplificado acima, ou os termos que realmente deseja enfatizar;

3. Falta de aspas em citações: sempre use aspas ao transcrever trechos de outros autores a fim de evitar plágio;

4. Confusão entre aspas simples e duplas: empregue aspas simples dentro de um texto que já está com aspas duplas, por exemplo: “Eu adoro o livro ‘Admirável Mundo Novo’, do autor Huxley”; repare que o nome da obra está entre aspas simples, pois a oração como um todo está entre aspas duplas, e foi necessário enfatizar o título do livro.

Importância das aspas nas citações

Em trabalhos acadêmicos isso é indispensável, afinal, um estudo científico visa produzir algo novo, a partir do que já existe de conhecimento, e não reproduzir um conteúdo já criado ou descoberto.

Por isso, ao citar outros autores em conteúdos de modo geral, as aspas são essenciais para creditar corretamente as fontes. Esse cuidado evita a apropriação indevida de ideias, algo considerado plágio.

Ao mencionar, por exemplo, uma frase de outro pensador ou pensadora sem as aspas duplas, isso vai passar a impressão de que o autor daquela frase é o próprio escritor do texto lido, quando, na verdade, é de alguém anterior. Por exemplo:

• Como é bem verdade que a existência precede a essência, é necessário que cada indivíduo encontre seu lugar no mundo.

Ao ler o trecho acima, o leitor pode achar que o próprio escritor do texto elaborou a oração “a existência precede a essência”.

Porém, com uma pesquisa rápida na internet, é possível descobrir que o filósofo Jean-Paul Sartre a cunhou. Por isso, o mais correto é adicionar o trecho do filósofo entre aspas duplas.

• Como é bem verdade que “a existência precede a essência”, é necessário que cada indivíduo encontre seu lugar no mundo.

Nesse caso, além das aspas duplas, durante o texto é crucial creditar a ideia mencionada ao autor original, o filósofo Jean-Paul Sartre.

Consequências do plágio

Não utilizar aspas em citações é um claro indício de plágio. Apropriar-se de ideias sem o devido crédito é uma prática antiética. Em ambientes acadêmicos, isso pode levar à anulação de provas e trabalhos; já em vestibulares ou concursos, à perda de pontos.

Portanto, o uso adequado das aspas é uma prática que valoriza a originalidade e o trabalho alheio. Aprender a utilizá-las corretamente é um passo essencial para qualquer escritor ou estudante. Isso não só previne o plágio como também apresenta novos autores e autoras e conhecimentos ao leitor.