9 coisas que todo autista gostaria que você soubesse
Compreender as particularidades das pessoas autistas pode transformar positivamente o modo como interagimos com elas.
Comunicar-se com pessoas autistas é fundamental para promover a inclusão e o respeito às diferenças. O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição neurológica que afeta a percepção, a comunicação e a interação social.
Durante uma entrevista no programa de rádio Word of Mouth, da BBC, o escritor Michael Rosen conversou com Alis Rowe, escritora e empresária britânica, sobre as diferentes experiências de mundo que as pessoas autistas vivenciam.
Alis Rowe, que tem Síndrome de Asperger, enfatiza que cada indivíduo possui uma percepção única do mundo, o que pode facilitar a comunicação quando compreendemos tais diferenças.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças no mundo tem algum Transtorno do Espectro Autista.
Pessoas no espectro autista podem ter dificuldades em interpretar sinais sociais, processar informações sensoriais e se expressar verbalmente, o que pode tornar as interações cotidianas desafiadoras tanto para elas quanto para quem está à sua volta.
No entanto, com o conhecimento adequado e uma abordagem sensível, é possível criar um ambiente de comunicação que seja compreensível e confortável para pessoas autistas.
Adaptar a forma como nos comunicamos, levando em consideração as particularidades do espectro autista, não só facilita a troca de informações, mas também contribui para o bem-estar e a inclusão social dessas pessoas.
Cada pessoa autista é única, mas enfrenta desafios comuns
Pessoas no espectro podem ter dificuldades em filtrar sons de fundo em ambientes movimentados. Enquanto algumas são sociáveis, outras preferem se isolar. A comunicação pode ser verbal ou por gestos e símbolos, dependendo do grau de dificuldade de cada um.
1. Dificuldades em ouvir em ambientes ruidosos
Para neurotípicos, é fácil concentrar-se em conversas, mas pessoas autistas precisam fazer um esforço consciente para ignorar sons de trânsito, música ou outras vozes. Repetir o que foi dito pode ajudar na compreensão.
2. Interpretação literal e dificuldades com nuances
Autistas podem não perceber mudanças no tom de voz ou expressões faciais, o que dificulta a interpretação de sarcasmo e metáforas. Embora alguns aprendam a identificar esses sinais, não é uma tarefa fácil.
3. Ofereça contexto
Entender o significado das palavras pode ser difícil sem um contexto. Por exemplo, explicar por que ver um pintarroxo na praia é incomum ajuda na compreensão do que está sendo dito.
4. Dificuldades em saber quando falar
Autistas podem não identificar quando é apropriado iniciar ou terminar uma conversa. Fazer perguntas diretas e convidá-los a participar pode facilitar a comunicação.
5. Diferenças na forma de falar
Para muitos autistas, falar exige reflexão cuidadosa, o que pode resultar em uma fala lenta, gagueira ou detalhes excessivos. Ouvir com atenção é essencial para compreender o que está sendo dito.
6. Socializar pode ser exaustivo
Embora alguns autistas imitem habilidades sociais, socializar pode ser um grande esforço. Mensagens de texto ou e-mails são alternativas menos estressantes para manter conversas.
7. Expressão emocional diferente
Autistas podem reagir de maneiras inesperadas devido a outras questões internas. Perguntas claras ajudam a compreender suas emoções e reações.
8. Repetição de palavras ou frases
A repetição pode indicar ansiedade ou a necessidade de mais tempo para pensar. Também pode ser um sinal de que uma pergunta ainda não foi respondida satisfatoriamente.
9. Escrever como forma de comunicação
Mensagens de texto e e-mails possibilitam que autistas reflitam sobre a resposta sem a pressão de uma interação ao vivo, isso facilita a compreensão e a comunicação.
Ao entender tais particularidades, podemos criar um ambiente mais inclusivo e facilitar a comunicação com pessoas autistas, promovendo melhores interações e respeito mútuo.
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