Injeções contra obesidade: Veja os riscos do uso sem recomendação médica
Medicamentos voltados para o controle do diabetes tipo 2 têm sido utilizados com a finalidade de emagrecimento, porém essa prática tem riscos.
Milhares de pessoas desejam emagrecer, e por isso recorrem às mais diversas estratégias. Nesse sentido, muita gente está tomando injeções para perder peso sem prescrição médica. Contudo, essa prática pode ser bem perigosa. Por isso, confira os riscos que esses medicamentos podem oferecer à saúde.
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Injeções contra a obesidade
Especialistas alertam para o consumo desenfreado de injeções para emagrecer sem prescrição médica. Existe uma grande variedade desses medicamentos disponível no mercado e não há exigência de receita nas farmácias, o que facilita sua aquisição.
Os remédios custam entre R$ 600 e R$ 900 e são campeões de vendas nas farmácias do Brasil. Eles foram formulados inicialmente para o tratamento do diabetes tipo 2. Entretanto, também se mostraram eficazes na perda de peso, e por isso o fabricante criou dosagens específicas para pacientes obesos.
O Saxenda foi o medicamento mais vendido nas farmácias brasileiras entre abril de 2020 e abril de 2021, de acordo com um levantamento da consultoria IQVIA. O princípio ativo desse medicamento é a liraglutida, envolvida no controle cerebral do apetite e da saciedade. Uma caixa de Saxenda custa cerca de R$ 600.
Já o Ozempic, cuja substância ativa é a semaglutida, é do mesmo laboratório do Saxenda, e é mais eficaz no controle do diabetes tipo 2, sobretudo porque pode ser aplicado em um intervalo de uma semana. A caneta da injeção subcutânea desse medicamento custa por volta de R$ 870.
Riscos do uso de Saxenda e Ozempic sem prescrição médica
Assim como todos os medicamentos, a liraglutida e a semaglutida podem desencadear diversos efeitos colaterais. Nesse sentido, um estudo feito com a liraglutida mostrou que os efeitos adversos eram mais frequentes em mulheres com peso menor em comparação com as de índice de massa corporal (IMC) maior.
A ausência de estudos com essas substâncias em pessoas não diabéticas e fora dos padrões de IMC considerados como sobrepeso e obesidade é uma limitação. Portanto, são necessárias mais pesquisas para melhor analisar os efeitos colaterais desses medicamentos no restante da população.
Os principais efeitos adversos mencionados na bula do Saxenda e do Ozempic são os seguintes: náusea, vômito, constipação, diarreia, alterações no paladar, insônia, indigestão, desconforto gástrico, tontura, cansaço, boca seca, cálculo biliar, hipoglicemia, reações no local da injeção (dor, irritação, coceira, erupção cutânea) e aumento das enzimas pancreáticas.
A pancreatite aguda, apesar de ser um efeito colateral raro, é um quadro grave e já foi observado em pacientes que utilizavam Saxenda e Ozempic. Portanto, o mais correto é não tomar esses medicamentos sem a devida orientação médica.
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