O Brasil na Segunda Guerra Mundial
Você sabe como foi a presença brasileira no conflito? Conheça como foi a nossa participação neste capítulo da história mundial.
A guerra começou em setembro de 1939 quando a Alemanha invadiu a Polônia, e terminou em maio de 1945, quando a Alemanha assinou o tratado de rendição. Apesar da grande quantidade de países envolvidos, a disputa se concentrou em dois polos opositores, compostos pelas seguintes nações:
- Países da Aliança (Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética)
- Países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália)
Estima-se que durante todo o período de duração das batalhas, mais de 50 milhões de pessoas perderam a vida. Só judeus, nos campos de concentração, foram mais de 6 milhões.
O Brasil na Segunda Guerra Mundial
Entre 1930 e 1945 o Brasil viveu a Era Vargas. Portanto, durante a guerra os brasileiros estavam sob o governo do Estado Novo, vivendo o auge do período ditatorial de Getúlio Vargas.
Por tratar-se de um governo ditatorial, as decisões estavam totalmente centralizadas nas mãos do presidente. Assim, no período inicial da Segunda Guerra Mundial, Vargas optou por manter certa neutralidade.
Esta posição chegou ao fim somente em 1942, quando o Brasil cortou suas relações diplomáticas com o Eixo. Isso aconteceu porque a Alemanha atacou alguns navios na costa brasileira, resultando na morte de aproximadamente 500 pessoas.
Além da pressão norte-americana os brasileiros também cobravam uma participação ativa do Brasil na guerra. Dessa forma, Vargas entrou em acordo com o presidente estadunidense, Franklin Roosevelt, e passou a apoiar os Aliados.
Entretanto, a participação efetiva, nos frontes de batalha, só começou em 1944, pouco antes do final dos combates. Em julho daquele ano, os soldados enviados chegaram a Itália para lutar ao lado dos Estados Unidos.
Inicialmente, o país norte-americano foi contra o envio de soldados brasileiros aos campos de batalha. Para eles, bastava o apoio formal. Contudo, Vargas conseguiu negociar com Roosevelt a modernização das Forças Armadas e a construção de uma siderúrgica no país, em troca da construção de uma base militar no Rio Grande do Norte.
Assim, em 9 de agosto de 1943 foi assinado o decreto de criação da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Por conta da pequena estrutura, e do baixo número de homens do exército brasileiro, foi preciso convocar inúmeros membros da reserva e civis.
Na história, há relatos de que a maior parte dos combatentes eram civis e nunca tinham sequer pegado em uma arma. Ainda assim, o contingente da FEB chegou a mais de 25 mil soldados, divididos em oito unidades.
Cerca de um ano depois, em 16 de julho de 1944, os pracinhas brasileiros, nome pelo qual os soldados participantes da guerra ficaram conhecidos, desembarcaram na Itália. Lá, encontraram uma dura realidade, uma vez que o treinamento que receberam não era condizente com a situação no front. Além disso, as temperaturas chegavam a 20 graus abaixo de zero, total oposto do nosso país.
Estudiosos dizem que o Brasil auxiliou os Estados Unidos de forma eficaz na reconquista da Itália, pois, até aquele momento, algumas partes ainda estavam sob domínio do exército alemão. Alguns lugares, inclusive, eram considerados pontos estratégicos, como Turim e Monte Castelo.
A Força Aérea Brasileira (FAB), também participou da guerra, contando com mais de 370 militares e 28 aviões.
Fim da guerra e consequências
Em 7 de maio de 1945 o Alto Comando das Forças Armadas Alemanha assinou o Tratado de Rendição, dando fim a Segunda Guerra Mundial.
Ali mesmo, na Itália, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) começou a se desmobilizar. Para o Brasil, o saldo final foi de 454 soldados mortos e mais de três mil feridos.
Para alguns estudiosos, a participação do Brasil na Segunda Guerra foi pífia, principalmente pelo fato de os pracinhas já terem chegado nos momentos finais da batalha e em um lugar onde os alemães já não davam tanta importância. Entretanto, para outros, principalmente historiadores contemporâneos, ela foi bastante relevante.
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