Primeiro teletransporte holográfico internacional acontece entre Canadá e Estados Unidos
Com auxílio de óculos de realidade virtual, equipamento para teletransporte custa cerca de R$ 30 mil. Os cientistas apontam que, a longo prazo, o investimento reduz os gastos com viagem e hospedagem.
Cientistas da Western University, localizada no Canadá, realizam primeiro teletransporte holográfico bidirecional e internacional da história. Até então apenas presentes em materiais de ficção científica, agora a imagem de uma pessoa já pode ser projetada de modo instantâneo de um país para o outro.
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O que é teletransporte holográfico
O teletransporte consiste na transmissão instantânea da imagem de algo ou de alguém para um outro lugar. Com o auxílio de uma câmera especial, uma imagem holográfica é criada e, por meio de óculos de realidade virtual, a pessoa do outro lado pode ver o holograma como se ele estivesse bem na frente dela.
O teletransporte holográfico registrado pelos pesquisadores é bidirecional, ou seja, foram teletransportadas pessoas do Alabama (USA) para Ontário (CA). Logo depois os cientistas fizeram o caminho inverso. Foi um sucesso.
Como funciona
O teletransporte holográfico funciona com o uso de um software instalado em uma câmera especial e com óculos de realidade virtual chamado HoloLens, da Microsoft. O software é de propriedade da empresa Aexa Aerospace e foi desenvolvido com a finalidade específica de criar uma imagem holográfica.
A câmera tem capacidade para captar a imagem de uma pessoa ou um objeto e transformá-la em holograma. Em seguida, essa imagem é processada e enviada para o destino previamente determinado.
Para funcionar, a pessoa do destino deve utilizar o HoloLens, pois assim vai conseguir ver a imagem como se o objeto ou pessoa em questão estivesse, de fato, presentes naquele ambiente. Caso as duas pessoas tenham os óculos de realidade virtual, ambas vão interagir como se estivessem juntas no mesmo lugar.
Custo ainda é elevado
Por se tratar de uma tecnologia nova, o custo dos equipamentos envolvidos no teletransporte holográfico podem chegar a até U$ 5 mil, o equivalente a R$ 26,5 mil. Para os pesquisadores, o equipamento pode sair mais em conta em longas distâncias, uma vez que as passagens aéreas e hospedagens podem sair bem caras.
Os cientistas da universidade agora pretendem estudar as aplicações da nova tecnologia na medicina, com foco na assistência às pessoas que vivem em ambientes remotos ou áreas rurais. O aperfeiçoamento dos óculos também vai ser realizado pelos pesquisadores para integrar sensores capazes de monitorar a frequência cardíaca, saturação de oxigênio e monitores hepáticos. A ideia é aumentar a sensação de toque percebida pelos usuários.
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