Surto de vírus letal, semelhante ao ebola, foi confirmado pela OMS
Foram contabilizadas 16 mortes por suspeita do vírus Marburg na Guiné Equatorial. A média da taxa de mortalidade atinge uma alta porcentagem.
Nesta terça-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou uma reunião com urgência para verificar a possibilidade de surto de Marburg. Os casos aconteceram na Guiné Equatorial, com nove mortes confirmadas que foram ocasionadas pelo vírus. Após a confirmação, a OMS emitiu uma declaração de alerta para a saúde.
Vírus Marburg está entre os mais letais do mundo
O caso está sendo estudado desde o dia 7 de janeiro deste ano e vem sendo avaliado com frequência, como orientou Ondo’o Ayekaba, o ministro da Saúde da Guiné Equatorial. Até o momento, uma morte suspeita no dia 10 de fevereiro levanta dúvidas sobre o contágio do vírus.
O Ministério da Saúde da Guiné Equatorial afirma que declarou o estado de epidemiologia atípica em Nsok Nsomo após diversas mortes registradas com sintomas de vômitos, febre e fezes com sangue.
O vírus Marburg pertence ao mesmo grupo familiar do ebola e está entre os vírus mais letais de todo o mundo. A média da taxa de letalidade alcança os 50% e, dependendo do caso, pode alcançar 88%. O vírus é transmitido ao ser humano por morcegos ou primatas, causando febre hemorrágica. O contágio entre humanos acontece por meio de salivas ou fluidos corporais, assim como a Covid-19.
A OMS afirmou que vai enviar reforço para a saúde do país a fim de combater o contágio da doença. Em nota, a diretora regional da OMS localizada na África, Matshidiso Moeti, comunicou a medida para a saúde:
“O vírus de Marburg é altamente contagioso. Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode chegar rapidamente para salvar vidas e parar o vírus o mais rapidamente possível.”
O vírus foi localizado pela primeira vez em 1967 e segue sem vacina para combater os surtos. Em 2004, um surto na Angola matou 90% dos 252 infectados pelo vírus. Em 2022, duas mortes em Gana também foram confirmadas.
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