Americanas, Tok&Stok e Marisa: o que empresas podem tirar de lição sobre os erros de grandes marcas?

O caso da Americanas foi um dos assuntos mais comentados no início do ano, afinal de contas, a descoberta de um rombo financeiro de mais de R$ 40 bilhões é de assustar, não é? Infelizmente, outras empresas gigantes e reconhecidas no mercado também podem passar por dificuldades financeiras em 2023.

O motivo principal para isso é a taxa básica de juros Selic, que permanece em um patamar elevado, de 13,75% ao ano. No que isso implica? Ela eleva consideravelmente o custo das dívidas.

Tok&Stok e Marisa se envolvem em polêmica

A Tok&Stok deu calote recentemente no aluguel de um dos seus galpões.

A loja brasileira de móveis e decoração loca um galpão de um fundo imobiliário em Extrema, Minas Gerais, mas não depositou o pagamento referente ao uso do empreendimento em janeiro, que venceu agora em fevereiro.

Uma situação parecida aconteceu com a Marisa, rede brasileira de varejo de vestuário, que comunicou não ter recebido o pagamento dos valores referentes ao mês de janeiro, que também vencem neste mês.

Vale ressaltar é que a realidade dessas empresas é bem diferente das Americanas, que enfrenta um cenário econômico mais complicado. De toda forma, a lista de companhias com dificuldades financeiras vai além das citadas.

Taxa Selic

Esta é uma taxa de juros de referência no Brasil, que é definida pelo Banco Central do país.

O nome “Selic” significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia. A taxa é utilizada como uma ferramenta para controlar a inflação no Brasil e influencia os juros cobrados pelos bancos e instituições financeiras em empréstimos, cartões de crédito e em cadernetas de poupança.

Nos últimos anos, os juros baixos possibilitaram que as empresas pudessem captar dívidas com taxas de financiamento baixíssimas, contudo essa taxa aumentou muito nos últimos meses, o que fez com que as companhias passassem a pagar taxas muito maiores. Tudo isso faz com que o tamanho da dívida apenas aumente.

De acordo com investidores, esta é a hora de olhar para ações de empresas mais defensivas, com geração de caixa elevada, bons dividendos e sem problemas de alavancagem. Algumas ações muito boas nunca estiveram a preços tão convidativos como estão atualmente.

Este o momento ideal de comprar ações de empresas que dão lucro, pagando o quanto elas realmente valem.