Inflação no Japão tem preocupado o Banco Central; entenda por quê

Inflação não preocupa somente as famílias brasileiras. Entenda o que está tirando o sono dos japoneses.

Você sabia que desde novembro de 1981, os preços vêm subindo em um ritmo cada vez mais rápido no Japão?  Algumas autoridades do Banco Central discutiram os impactos e uma futura saída de baixas taxas de juros. Para saber mais sobre a alta na inflação japonesa que tem tirado o sono de muita gente, acompanhe.

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A inflação japonesa

É preocupante, pois já atingiu uma alta de quatro décadas. No mês passado, o aumento nos preços de alimentos frescos subiu 3,7 %. Essa alta também foi aplicada ao consumo de eletricidade e alimentos industrializados.

O Japão, durante o período da década de 90, passou por uma oscilação entre a deflação e a inflação lenta. Diferentemente dos Estados Unidos da América e de outras economias, que cresceram as taxas de juros em uma tentativa de combater a alta da inflação. A terceira maior economia do mundo foi totalmente contra, decidindo então manter-se assim, com a taxa de juros extremamente baixa para o crescimento ser impulsionado.

A elevação dos preços dos alimentos importados se dá graças à restrição de fornecimento externo, assim como a elevação das peças manufaturadas e a queda do iene, que se comparar ao dólar, caiu cerca de mais de 20% esse ano.

A taxa mantida pelo Banco Central está de zero para longo prazo e de -0,1% para curto prazo.

O BOJ

Takeshi Minami, economista-chefe do Norinchukin Research Institute, disse o seguinte sobre o assunto: “O obstáculo para a normalização das políticas não é baixo. A economia global pode piorar no primeiro semestre do próximo ano, tornando difícil para o BOJ tomar medidas que possam ser interpretadas como aperto monetário”.

O BOJ permitiu o aumento em longo prazo nas taxas de juros. Os participantes do mercado veem esse ato como uma apresentação para uma nova retirada do seu programa de estímulo. Segundo Haruhiko Kuroda, o banco não pretende reverter o estímulo, pois esse desequilíbrio deve cair em 2% no próximo ano.

A ata de outubro mostrou que membros do conselho estão com as atenções voltada para o risco da superação da inflação. Um dos membros da ata disse o seguinte: “Dadas as mudanças estruturais, como o afastamento da globalização, as experiências anteriores no Japão podem não se aplicar necessariamente. Não podemos descartar a possibilidade de um grande aumento da inflação”.

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