Consumo de feijão tende a diminuir no Brasil – e isso pode levar à obesidade!

Entenda a ligação entre a baixa do consumo de feijão e o aumento de casos de sobrepeso no país.

O feijão é um dos grãos mais valorizados na dieta brasileira. Ele é consumido de diversas formas, principalmente acompanhado do arroz branco.

No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a tendência é que o consumo do alimento seja cada vez menor no Brasil nos próximos anos. E isso está, mesmo que indiretamente, ligado a um aumento nos casos de obesidade no país.

O estudo da UFMG indica que a grande parte dos adultos brasileiros consumirá feijão de forma irregular – em uma média de apenas uma vez a cada quatro dias por semana – até 2025.

Quando os cientistas filtraram os dados por gênero, perceberam que mulheres já consomem o alimento menos de cinco vezes por semana desde 2022; ao passo que, para os homens, a previsão é que isso ocorra a partir de 2029.

Mas o que tem a ver o feijão com a obesidade?

O consumo irregular ou reduzido de feijão pode ter impactos diretos na saúde do brasileiro, principalmente no ganho de peso. Segundo os pesquisadores da UFMG, uma dieta pobre em grão promove 10% mais chances de desenvolver excesso de peso e 20% de ficar obeso.

Por outro lado, aqueles que consomem feijão regularmente – de cinco a sete vezes por semana, ou seja, quase todos os dias – têm 14% menos chance de lidar com sobrepeso e 15% menos risco de ficar obeso.

A associação entre o consumo de feijão e obesidade está relacionada às escolhas alimentares. Colocando o grão no prato, a tendência é colocar também outros alimentos saudáveis, como arroz, vegetais, salada e carne. Dessa forma, a refeição fica nutricionalmente mais equilibrado.

Entretanto, quando o feijão é deixado de lado, muitas vezes escolhas alimentares inadequadas são feitas. A tendência é uma alta quantidade de calorias, o que pode levar ao ganho de peso da população adulta.

São muitos benefícios

Não se pode deixar o feijão de lado. Afinal, ele é uma excelente fonte de proteínas vegetais, fibras, vitaminas B, ferro, cálcio, potássio, fósforo e zinco.

Existem pelo menos sete tipos de feijão, e a maioria tem baixo teor de gordura. Além disso, eles são semelhantes à carne em nutrientes, mas com níveis de ferro mais baixos e gorduras não saturadas.

Ademais, o feijão tem antioxidantes que ajudam a prevenir células danosas e combater doenças, sendo importantes para a regeneração de tecidos e a formação de músculos. E, de quebra, as fibras presentes no grão têm benefícios para o sistema digestivo.

O feijão é um alimento de grande importância na dieta brasileira, sendo rico em nutrientes e trazendo diversos benefícios à saúde. É importante lembrar que seu consumo regular pode ajudar a evitar o ganho de peso e a obesidade, mas também mantém a sua dieta saudável e equilibrada.

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