Assustador! Filhotes de tubarão são encontrados em praia no Recife; saiba mais
Banhistas registraram a presença de filhotes na praia Buraco da Velha, no Recife. Especialistas dizem que a altitude da maré foi responsável por levar os animais para tão próximo da costa.
Um acontecimento raro intrigou moradores e frequentadores da praia Buraco da Velha, em Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife, em Pernambuco.
Dois filhotes de tubarão foram avistados em uma piscina natural nas proximidades da praia. O fato foi registrado e compartilhado, fazendo bastante sucesso na internet.
O flagrante, compartilhado nas redes sociais da Rádio Brasília Teimosa, despertou atenção devido ao fato de que essa área não é considerada uma zona de risco para ataques de tubarões devido à presença de arrecifes.
O que levou esses animais a estarem tão próximos da costa?
Segundo Danise Alves, gerente geral de áreas costeiras da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas), um fenômeno peculiar pode ter contribuído para que os filhotes de tubarão ficassem aprisionados na piscina natural.
Ela explicou que a ocorrência da superlua levou a uma amplitude de maré significativamente alta. Esse fenômeno teria sido responsável por trazer as ondas mais perto da costa.
Como resultado, os tubarões foram empurrados para áreas mais rasas. Com a maré recuando, os filhotes acabaram retidos na piscina natural formada nas rochas.
Os tubarões em questão pertencem à espécie conhecida como galha-preta. Danise Alves, que também é secretária executiva do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), afirmou que essa espécie não tem histórico de incidentes com seres humanos em Pernambuco.
A presença dos animais não pôs os banhistas em risco
Ela esclareceu que, diferentemente de outras espécies, como o tubarão-tigre e o cabeça-chata, os galha-preta não representam uma ameaça direta aos banhistas.
Embora os filhotes estejam em uma fase inofensiva de seu ciclo de vida, Danise Alves recomendou que as pessoas evitem contato direto com eles.
Tubarões jovens já têm dentição adequada para capturar presas correspondentes ao seu tamanho, e interações humanas podem causar estresse e potenciais ferimentos aos animais.
A especialista também aconselhou que, em situações semelhantes, em que animais fiquem presos em poças de maré durante a baixa, a população evite intervir.
O ideal é esperar pela maré alta, quando os animais conseguirão retornar ao seu ambiente natural. A água sempre cobre os recifes durante a maré alta, reduzindo o risco de aprisionamento novamente.
Embora a ocorrência de tubarões em piscinas naturais seja rara, os especialistas reforçam a importância de respeitar o habitat desses animais e promover a convivência harmoniosa entre as espécies marinhas e os seres humanos.
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