Antes do Cristo Redentor, Corcovado tinha outro monumento; confira imagens!
Você já imaginou a vista do Rio de Janeiro sem o Cristo Redentor? Antes desse fenômeno mundial, Dom Pedro II inaugurou o "Chapéu do Sol". Saiba mais!
Atualmente, o Cristo Redentor está entre as sete maravilhas do mundo, mas a história do Rio de Janeiro não começou a partir desse monumento.
É fascinante descobrir que antes da majestosa presença do Cristo no Morro do Corcovado, o local já tinha uma cultura rica e significativa.
O mirante, conhecido como Chapéu de Sol, devido ao seu distintivo formato, é um pedaço esquecido do passado que remete a 1885.
Esse mirante serviu como um ponto de observação privilegiado, permitindo que as pessoas apreciassem as espetaculares vistas panorâmicas da cidade do Rio de Janeiro.
Em 710 metros de altura, o mirante Chapéu do Sol testemunhou de perto todas as mudanças que a Cidade Maravilhosa sofreu, acompanhando toda essa evolução de camarote!
Chapéu do Sol no Corcovado
(Imagem: Jorge Kfuri/Coleção Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles/Reprodução)
A história do Morro do Corcovado é verdadeiramente intrigante e carrega consigo uma série de nomes e significados ao longo dos séculos.
Sua primeira designação, “Pináculo das Tentações,” atribuída pelo navegador italiano Américo Vespúcio no início do século 16, evoca a passagem bíblica em que Jesus é tentado por Satanás no topo de uma montanha muito alta.
No entanto, com o tempo, o Morro do Corcovado adquiriu outro nome icônico: “Corcovado”, que se refere ao seu formato distinto e semelhante ao lombo de um camelo.
Tal denominação se consolidou no século 17, e o morro passou a ser conhecido por esse nome singular.
(Imagem: Augusto Malta/Coleção Brascan Cem Anos no Brasil/Acervo Instituto Moreira Salles/Reprodução)
Segundo informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Dom Pedro I teria explorado as montanhas circundantes da cidade do Rio de Janeiro e liderado diretamente os esforços para abrir um caminho até o Corcovado.
Nosso primeiro imperador teria ordenado a instalação de um telégrafo no local. Essa era uma tecnologia importante na época para se comunicar a distância e dar segurança à troca de informações.
Após o antigo observatório, mencionado anteriormente, ter sido substituído, uma nova estrutura chamada Chapéu de Sol foi erguida no local.
A construção de ferro foi encomendada a uma fundação belga por Dom Pedro II, evidenciando o compromisso da monarquia brasileira em desenvolver e valorizar o Morro do Corcovado.
É interessante notar que, mesmo após a inauguração do Cristo Redentor em outubro de 1931, o Chapéu de Sol continuou a existir por alguns anos.
Sua importância histórica e turística não foi imediatamente substituída pelo novo monumento. No entanto, na década de 1940, o prefeito decidiu realizar melhorias no Morro do Corcovado e, como parte desse projeto, optou por demolir o mirante.
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