O consumo regular de duas bebidas reduz o risco de demência e Parkinson
A pesquisa, realizada em determinada região da Ásia, trouxe resultados considerados estarrecedores por alguns cientistas.
As doenças neurodegenerativas são males temíveis que podem afetar uma grande parcela da população mundial, sobretudo com o avançar da idade.
Tendo como fatores de risco principais questões genéticas, problemas pré-existentes e o envelhecimento em si, essas doenças demandam cuidados de prevenção, visto que em sua maioria são incuráveis, pelo menos até então.
Nesse sentido, diversos grupos de cientistas ao redor do mundo têm buscado incessantemente formas de evitar problemas como Parkinson, Alzheimer, demência e outros.
Aliados na luta contra doenças neurodegenerativas
Um estudo publicado recentemente em um periódico adjacente à renomada revista The Lancet apontou a possível eficácia da cafeína contra o Parkinson e a demência, em especial.
A cafeína é um composto com propriedades estimulantes que pode ser encontrado no café e em alguns tipos de chá, como o chá mate e o chá verde.
No estudo, os pesquisadores observaram indivíduos asiáticos portadores da variação genética LRRK2, que é especialmente suscetível a doenças neurodegenerativas.
Como resultado da amostragem, foi apontado que aqueles que consumiram boas quantidades de café ou chá periodicamente por determinado período de tempo conseguiram reduzir as chances de desenvolver Parkinson e demência em pelo menos quatro vezes.
Ademais, indivíduos já diagnosticados com alguma das doenças tiveram seus sintomas minorados à medida que incluíram as bebidas cafeinadas na sua dieta.
Como a cafeína neutraliza a neurodegeneração?
(Imagem: divulgação)
A nutricionista Krutika Nanavati, que é especialista na observação dos efeitos das mais diversas substâncias no organismo, argumenta que a propriedade antioxidante da cafeína é a chave para o combate ao Parkinson e à demência.
“A cafeína é um antioxidante, substância comprovadamente possuidora de propriedades neuroprotetoras”, diz ela.
Além disso, Krutika aponta as propriedades estimulantes da cafeína como fundamentais para o bom funcionamento do cérebro.
“O consumo de café tem sido associado a habilidades cognitivas aprimoradas, incluindo memória, atenção e habilidades de processamento. Estimula o sistema nervoso central, promove o estado de alerta e reduz a percepção de fadiga”, lista.
Por fim, Nanavati também relaciona a existência de polifenóis e catequinas em bebidas cafeinadas. Essas substâncias contêm, além de poder antioxidante, propriedades anti-inflamatórias, vitaminas e minerais que turbinam a função cognitiva do cérebro.
“Estas substâncias são capazes de aliviar processos neurodegenerativos e aumentar a função cognitiva. Incorporar o chá e o café em sua dieta regular pode potencialmente retardar o aparecimento de comprometimento cognitivo e doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson”, conclui.
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