Restos do ‘Cometa do Natal’ vão provocar uma chuva de meteoros em breve

O evento celeste está previsto para a próxima terça-feira, 12 de dezembro.

Um estudo feito pelo meteorologista francês Jeremie Vaubaillon, do Observatório de Paris, na França, afirma que uma nova chuva de meteoros está se formando e estará visível nos céus das 5h às 9h30 da próxima terça-feira (12).

O relatório também indica que a chuva ocorrerá nas proximidades da estrela Lambda Sculptoris, o que a fez ganhar o nome de Lambda-Sculptorídeas.

Ainda segundo a pesquisa publicada por Vaubaillon, o elemento gerador da nova chuva de meteoros foi o cometa 46P/Wirtanen, também conhecido como “Cometa de Natal”, por sempre aparecer nos céus perto do final do ano.

Os astrônomos afirmam que a última passagem do corpo celeste nas proximidades da Terra deixou vários detritos, que agora estão vagando pelo espaço na forma de meteoros e meteoritos.

Curiosidades sobre o “Cometa de Natal”

Registro do Cometa de Natal, feito na última vez que ele pôde ser observado. (Imagem: NASA/reprodução)

O 46P/Wirtanen foi descoberto ainda em 1948 pelo astrônomo norte-americano Carl A. Wirtanen, de quem herdou o nome.

Com o passar das décadas e milhares de horas de estudos e observações, foi apontado que o Cometa de Natal tem um diâmetro de 1,2km e um período orbital de pouco mais de 5 anos.

Normalmente, esse cometa passa muito longe da Terra, mas na última vez em que foi visto daqui, em 2018, ele estava tão próximo que pôde ser visto sem o auxílio de telescópios.

Vai valer a pena?

Infelizmente para os amantes da astronomia, a chuva de meteoros criada pelo Cometa de Natal não poderá ser vista com clareza neste ano.

De acordo com o renomado astrônomo Marcelo Zurita, que dentre outras funções é diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), os meteoros não estão viajando em alta intensidade e são muito pequenos. Essa é a combinação perfeita para estragar o espetáculo.

“A dificuldade será pela intensidade dos meteoros. Por serem gerados por partículas muito pequenas e atingirem a Terra numa velocidade relativamente baixa (em torno de 11 km/s), não vão gerar rastros muito luminosos”, disse ele.

Em seu relatório, Jeremie Vaubaillon corroborou a expectativa de Zurita, mas mesmo deu anuência a quem quiser observar os meteoros caindo.

“Mesmo assim, incentivamos os entusiastas de meteoros a realizar observações científicas e enviar seus relatórios para a Organização Internacional de Meteoros (IMO)”, indicou.

* Com informações do site Olhar Digital

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