Estado brasileiro pode perder território nas próximas décadas

Se essa previsão se concretizar, o culpado será o aumento do nível dos mares.

De acordo com estudos da Nasa e da empresa especializada em meteorologia Climate Central, a anunciada elevação no nível dos mares mundo afora pode afetar diretamente um estado brasileiro, que deve ter grande parte do seu território submerso dentro de algumas décadas.

Esse estado é o Amapá, que, assim como diversas outras unidades federativas banhadas pelo Oceano Atlântico, deve ser impactado pela elevação da linha d’água do oceano. Neste outro artigo, também comentamos esse assunto.

Conforme dados da Nasa e da Climate Central, os oceanos do mundo têm subido cerca de 0,3 m ao ano, principalmente devido ao derretimento das calotas polares do Ártico e da Antártida, que injetam um volume de água adicional nos mares.

Se essa média de elevação dos níveis oceânicos se mantiver, até 2100 diversas áreas ao redor do mundo estarão literalmente embaixo d’água, o que inclui áreas costeiras do Amapá e até grandes cidades praianas, como o Rio de Janeiro, por exemplo.

Amapá em alerta

Por ser um estado relativamente pequeno e não tão densamente povoado, o Amapá corre riscos mais sérios em relação aos possíveis alagamentos devido ao aumento do nível do Oceano Atlântico.

Para se ter uma ideia, se as projeções dos cientistas se confirmarem, áreas da capital, Macapá, podem ser submersas definitivamente até o final do século. Além disso, a cidade de Oiapoque, município mais ao norte do país, pode simplesmente desaparecer do mapa.

Áreas como a Reserva Biológica do Lago Piratuba e a Ilha de Maracá também podem ser afetadas diretamente.

Todas essas previsões levam em conta o aumento dos níveis do Rio Amazonas, que banha toda a região sudeste do Amapá e deságua no Atlântico ainda dentro do território amapaense.

Isso já está acontecendo?

Atualmente, especialistas já alertam para algumas mudanças nas bacias hidrológicas localizadas no Amapá.

Tem-se notado, por exemplo, o surgimento de afluentes de rios que não existiam, fato que comprova que os rios da região estão recebendo mais água e se expandindo.

Por outro lado, ribeirinhos têm reclamado que as águas de rios como o Amazonas e o Araguari estão cada vez mais salobras, o que indica a mistura com a água salgada do mar, que está invadindo os corpos d’água continentais.

Esses alertas no Amapá, bem como os observados em outros estados, devem servir como parâmetro de ação para as autoridades.

Medidas de contenção de riscos nesse sentido devem ser elaboradas e, posteriormente, colocadas em prática o mais rápido possível.

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