O que acontece com o sangue após o exame? Vai pro lixo?
Líquido é altamente infectante e, por isso, precisa de um descarte apropriado às normas de agências reguladoras.
Já imaginou o destino do seu sangue após a coleta no laboratório para fazer exames? Após a divulgação do resultado, o laboratório precisa de eliminar o material com segurança. Para isso, há uma série de normas regulatórias que impedem o descarte inadequado das amostras de sangue.
O descarte, conforme dito, segue os protocolos estabelecidos por entidades competentes, que regem a vigilância sanitária do país.
Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) são as duas entidades responsáveis por fiscalizar e regulamentar o descarte de lixo hospitalar.
O que é feito com o sangue depois do exame?
Com o resultado coletado, os responsáveis pelo laboratório colocam o material no chamado autoclave.
Esse é um equipamento esterilizador que eleva o produto ao nível 3 de inativação microbacteriana e deixa somente 1 em cada 10 mil dos chamados microrganismos do sangue.
Depois, o sangue, ainda no tubo, é levado para um saco plástico específico e devidamente selado.
Em seguida, o laboratório deposita o resíduo em uma caixa de papelão identificada como material com risco biológico, como um lixo hospitalar.
Esse recipiente de papelão recebe apenas dois terços de sua capacidade para impedir vazamentos. Além disso, há necessidade de colocar a caixa em um saco maior e amarrar com nylon, um material mais resistente.
A etapa seguinte consiste em colocar esse pacote em um caminhão de coleta seletiva, específico para produtos hospitalares.
Assim, o item vai para uma estação de tratamento específica, passa por uma nova esterilização e, por fim, é triturado e levado para um aterro sanitário de lixo hospitalar, de acesso restrito às pessoas.
Que tipo de resíduo é o sangue
O sangue é um dos muitos tipos de descarte hospitalar e é classificado como grupo A, o chamado resíduo potencialmente infectante. Isso porque possui agentes biológicos com risco de infecção.
Depois do surgimento do HIV, na década de 1980, a preocupação com o descarte de sangue foi redobrada. A preocupação de entidades como a Anvisa é grande para evitar problemas e contágios em eventuais acidentes.
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