Aulas com Minecraft viralizam e ajudam na preparação para Enem

Professor do interior do Paraná criou projeto em 2020, no auge da pandemia, mas o trabalho segue até hoje.

Formado em física pela Universidade do Paraná, o professor Helton Gonçalves é apaixonado pelo jogo Minecraft, muito popular tanto no celular quanto no computador.

E a paixão por essa ferramenta se tornou oportunidade de ajudar milhares de estudantes pelo Brasil, mesmo sem sair de casa. Isso tudo por conta de uma ideia criativa que surgiu no começo da pandemia da Covid-19, em 2020.

Naquele período sombrio da humanidade as escolas ficaram fechadas, os estudantes se confinaram em casa e a única forma de aprendizado foi pela internet.

Então, o professor uniu o útil ao agradável e apostou no famoso Minecraft como ferramenta de ensino, mesmo de forma experimental. E deu certo!

Professor de Minecraft ganha adeptos

Minecraft é aliado de estudantes no Enem; confira

Universidade inspirada no Minecraft – Imagem: Universidade Craft Sapiens/Divulgação

Inicialmente, a ideia do professor Helton era usar o Minecraft para criar um cenário de sala de aula e ensinar algo para os estudantes. Geralmente, tirando dúvidas e até preparando para provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

No entanto, o sucesso foi grande e, gradualmente, outros profissionais surgiram interessados em colaborar com o projeto, formando uma rede gratuita de estudos pelas redes sociais.

Naturalmente, apenas professores formados podem participar, assim geram conteúdos de credibilidade e necessários para os alunos.

Atualmente, o projeto do físico paranaense ajuda crianças do Ensino Fundamental 1 a 2 e do Ensino Médio, com foco no Enem.

Ele batizou o projeto de Universidade Craftsapiens e conseguiu conciliar o trabalho na escola onde já ministrava aula com esse apoio virtual aos estudantes.

A palavra ‘Craft’ significa construção, enquanto sapiens vem do latim — sabedoria. Desse modo, o nome Universidade Cratfsapiens, inspirada no Minecraft, significa ‘sabedoria em construção’.

Apesar do improviso inicial, o profissional garante que o trabalho é sério. Em entrevistas recentes, Helton destacou que o conteúdo aplicado pelos professores voluntários é revisado e passado com exatidão.

Até porque, se transmitir informações erradas, isso pode gerar prejuízo aos alunos no vestibular ou no Enem futuramente.

Trabalho começou no celular

No início da pandemia, Helton havia acabado de perder a mãe, vítima de câncer. Mas esse drama familiar não impediu o então recém-formado profissional de lutar por dias melhores.

Com o computador quebrado, iniciou o projeto da Universidade Craftsapiens pelo celular. Depois de dois meses, consertou o notebook e conseguiu preparar aulas mais elaboradas.

E o que era apenas um jogo de passatempo, se tornou um projeto grande que alcança estudantes do país inteiro.

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