Não corra riscos: o perigo oculto de espremer espinhas que ninguém te conta
Extrair espinhas em casa pode parecer inofensivo, mas esconde riscos significativos à saúde da pele.
Quando uma espinha surge, a tentação de estourá-la é quase irresistível. Afinal, quem nunca se olhou no espelho e decidiu que aquele pequeno incômodo precisava ser resolvido imediatamente?
No entanto, a prática de extrair espinhas em casa, embora comum, pode trazer mais problemas do que soluções para a sua pele.
O que realmente causa espinhas?
A acne é frequentemente gerada por grandes flutuações hormonais, por estresse, alimentação ou até a mudança dos produtos usados para limpeza da pele.
Ao avistar aquele ‘vulcão’ nascendo, a reação automática é buscar todas as maneiras para se livrar daquilo o mais rápido possível. Em alguns casos, até usando meios duvidosos e inadequados.
Quando você espreme uma espinha, é isto o que ocorre
As espinhas, ou acne, são o resultado de poros obstruídos por sebo, células mortas e bactérias.
Quando você decide espremer uma, está interferindo em um processo natural de cicatrização da pele. Em vez de apenas liberar o conteúdo, como muitos acreditam, você pode empurrar parte dele ainda mais fundo na pele.
Esse movimento não apenas intensifica a inflamação, mas também aumenta a probabilidade de surgirem novas espinhas nas proximidades.
Outro ponto que merece atenção é o risco de infecções. Nossas mãos, mesmo que lavadas, carregam bactérias que podem ser transferidas para a pele.
Ao pressionar a espinha, a pele ao redor é traumatizada, tornando-se um ambiente perfeito para a proliferação de germes.
Isso pode levar ao desenvolvimento de infecções mais graves e até mesmo à formação de cicatrizes permanentes.
Quais as consequências de estourar espinhas?
Dermatologistas alertam que o ato de estourar espinhas, além de intensificar o quadro de acne, pode causar hiperpigmentação, ou seja, manchas escuras na pele.
Tais marcas surgem como uma resposta do corpo à inflamação e podem demorar meses, ou até anos, para desaparecerem completamente.
Outro problema comum é a formação de cicatrizes. Quando a pele é constantemente traumatizada, como ocorre ao estourar espinhas repetidamente, as chances de cicatrizes permanentes aumentam.
As cicatrizes de acne podem variar de leves descolorações a marcas profundas, que podem ser difíceis de tratar, mesmo com procedimentos dermatológicos.
É seguro ou não tratar espinhas em casa?
Embora os especialistas recomendem evitar estourar espinhas, há momentos em que isso pode ser feito de forma relativamente segura.
Se uma espinha já estiver na superfície da pele, com uma ponta branca visível, e você decidir extraí-la, algumas precauções devem ser tomadas.
Primeiro, lave bem as mãos e a área afetada. Em seguida, use uma compressa morna para abrir os poros e, somente então, com uma leve pressão, tente extrair o conteúdo. Se não sair facilmente, pare. Forçar a saída pode empurrar o pus para camadas mais profundas da pele.
Além disso, após a extração, é essencial limpar a área novamente e aplicar um produto com ação antibacteriana, como peróxido de benzoíla ou ácido salicílico, para reduzir o risco de infecção.
A melhor abordagem: prevenção e tratamento profissional
O caminho mais seguro para lidar com acne é buscar orientação profissional.
Dermatologistas podem oferecer tratamentos que variam desde produtos tópicos até procedimentos como extrações feitas em consultório, em que são utilizadas ferramentas esterilizadas para minimizar o risco de infecção e cicatrizes.
Para aqueles que lidam com acne regularmente, o ideal é investir em uma rotina de cuidados com a pele que inclua produtos específicos para acne, como aqueles que contêm ácido salicílico, peróxido de benzoíla ou adapaleno.
Tais produtos ajudam a manter os poros limpos e a reduzir a inflamação, prevenindo a formação de novas espinhas.
*Com informações de Time Magazine e American Academy of Dermatology Association.
Comentários estão fechados.