Sem desespero! Aprenda a combater fake news sobre ataques a escolas
Compreender como boatos sobre violência escolar se espalham é essencial para combatê-los e garantir um ambiente seguro para todos os envolvidos.
Nos últimos tempos, as redes sociais se tornaram palco de alarmantes boatos sobre ameaças de ataques em escolas, disseminando medo e pânico entre pais, alunos e professores.
Tais rumores ganham força especialmente em plataformas como o WhatsApp, onde a velocidade de propagação é rápida e descontrolada. A intenção por trás desses boatos é, muitas vezes, conquistar notoriedade, alimentando a insegurança em um momento já delicado.
Sérgio Lüdtke, do Projeto Comprova, ressalta a importância de não dar palco a esses conteúdos. Evitar a divulgação de tais boatos é crucial para não reforçar a notoriedade dos possíveis ameaçadores.
O educador Alexandre Le Voci Sayad, da UNESCO MIL Alliance, alerta sobre a manipulação causada pelo medo, que leva à adesão emocional a essas informações falsificadas.
A estratégia de disseminação rápida de boatos nas redes sociais se baseia no chamado viés de confirmação. Esse fenômeno ocorre quando as pessoas tendem a acreditar em informações que confirmam suas crenças e medos preexistentes, resultando em um engajamento emocional imediato.
Por isso, é preciso estar atento ao que é compartilhado, para não transformar um drama em uma nova tragédia.
A desinformação piora ainda mais a triste realidade dos ataques em escolas – Imagem: Freepik/reprodução
Como agir diante de boatos?
Retornar aos princípios da educação midiática é uma abordagem eficaz. Hábitos simples, como o de verificar a origem da informação e sua credibilidade, são cruciais. Mesmo notícias de fontes confiáveis devem ser analisadas em contexto para evitar a falsa proporcionalidade.
Mariana Ochs, do EducaMídia, aponta que ações pontuais, como o aumento de policiamento, são ineficazes a longo prazo. A valorização de um ambiente escolar acolhedor e saudável é essencial para combater a violência e a desinformação.
Medidas governamentais e a responsabilidade das plataformas
O ministro da Educação, Camilo Santana, já destacou em diversas oportunidades a necessidade de responsabilizar disseminadores de violência nas redes sociais.
Em paralelo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública também já propôs medidas para responsabilizar plataformas por ameaças escolares. Estima-se que cerca de mil perfis já foram identificados, e sanções podem ser aplicadas.
Caso se depare com ameaças reais nas redes, você deve tomar as seguintes providências:
- Não interagir com perfis que divulgam ameaças nas redes sociais;
- Evitar compartilhar mensagens de ameaças via WhatsApp;
- Denunciar perfis ou grupos que publicam tais conteúdos;
- Alertar a escola identificada por um canal privado;
- Não envolver crianças na verificação da denúncia.
Combater boatos sobre ataques às escolas exige um esforço coletivo e consciente de autoridades, educadores e a sociedade em geral.
É fundamental manter uma postura crítica e informada, garantindo que o diálogo seja sempre baseado em fatos e não em manipulações emocionais.
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