Empresas demitem Geração Z: o que está por trás dessa tendência?

A Geração Z tem sido demitida cada vez mais rapidamente; veja por que isso ocorre.

A chegada da Geração Z ao mercado de trabalho trouxe desafios inesperados para as empresas. De acordo com uma pesquisa da Intelligent.com, seis em cada dez empresas nos Estados Unidos demitiram jovens recém-formados em poucos meses.

Embora essa geração de profissionais represente o futuro da força de trabalho (com previsão de que cheguem a 25% globalmente até 2025) muitos empregadores estão lutando para integrá-los em suas estruturas tradicionais.

Por que a Geração Z é demitida tão rapidamente?

Os profissionais da Geração Z, que têm até 28 anos, estão enfrentando um período de adaptação difícil ao ambiente corporativo.

Entre os motivos das demissões apontados pelos empregadores, destacam-se a falta de ética de trabalho, comunicação inadequada e baixa capacidade de lidar com feedback.

Uma pesquisa da ResumeBuilder aponta que 30% dos empregadores preferem contratar profissionais mais experientes, alegando que os recém-formados muitas vezes parecem privilegiados e não estão preparados para as exigências do mercado.

Esse desalinhamento é agravado pela expectativa dos jovens em relação ao trabalho. Enquanto muitos buscam flexibilidade, propósito e liderança inspiradora, as empresas muitas vezes ainda operam sob modelos hierárquicos e com pouca sensibilidade às demandas pessoais.

Segundo o relatório da Intelligent.com, 54% dos empregadores dizem que a Geração Z tem dificuldades em aceitar feedback, enquanto 63% afirmam que os jovens se ofendem com facilidade.

Diferenças de expectativas

A Geração Z cresceu em um mundo digital, onde a comunicação rápida e a flexibilidade são a norma. Eles esperam essa mesma agilidade no ambiente de trabalho, mas muitos se deparam com estruturas corporativas rígidas e uma cultura que ainda privilegia a presença física.

Segundo dados da WeWork, 58% dos jovens preferem trabalhar em um modelo híbrido ou remoto, recusando empregos que exijam presença diária no escritório.

Outro ponto importante é o foco desta geração no propósito. Eles querem que seu trabalho tenha um impacto social positivo, o que muitas vezes entra em choque com a realidade de empregos que priorizam resultados financeiros e eficiência operacional. Isso gera frustração e desmotivação tanto para os funcionários quanto para os gestores.

O que as empresas podem fazer?

Demitir esses jovens profissionais não é uma solução viável a longo prazo, especialmente considerando que a Geração Z vai ocupar uma parte significativa da força de trabalho nos próximos anos.

Para evitar esse ciclo de demissões e altas taxas de turnover, as empresas precisam se adaptar e desenvolver estratégias mais flexíveis e inclusivas.

1. Flexibilidade e trabalho remoto

Uma das principais demandas da Geração Z é a flexibilidade. Empresas que implementam modelos de trabalho híbrido ou remoto tendem a ter mais sucesso em reter esses profissionais.

Além disso, é importante criar políticas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

2. Cultura de feedback

Em vez de adotar um modelo de feedback rígido e hierárquico, as empresas podem beneficiar-se ao construir uma cultura de feedback contínuo e construtivo.

Isso facilita o desenvolvimento dos jovens profissionais e os ajuda a se adaptarem às expectativas do mercado.

3. Desenvolvimento pessoal e propósito

A Geração Z valoriza o crescimento pessoal e a sensação de que seu trabalho faz diferença. Empresas que investem em programas de desenvolvimento de carreira, bem como que alinham seus valores a causas sociais, conseguem engajar mais esses profissionais.

4. Diversidade e inclusão

Outra prioridade dessa geração é trabalhar em ambientes diversos e inclusivos. Promover a diversidade não apenas atrai talentos, mas também melhora o desempenho da equipe, criando um ambiente mais colaborativo.

*Com informações de Forbes e New York Post.

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