Vontade de fazer xixi toda hora? Talvez você tenha ‘bexiga hiperativa’

A bexiga hiperativa (BH) é caracterizada por um conjunto de sintomas urinários que podem afetar profundamente a qualidade de vida de quem sofre com essa condição.

Embora não seja classificada como uma doença isolada, a BH manifesta-se por uma urgência urinária incontrolável, frequentemente acompanhada de aumento na frequência das idas ao banheiro e noctúria (necessidade de urinar durante a noite).

Esses sintomas ocorrem muitas vezes sem uma causa clara identificável e são mais intensos do que o normal, mesmo quando a bexiga não está completamente cheia.

Distinguir a bexiga hiperativa da incontinência urinária é de extrema importância, pois, apesar de relacionadas, são condições distintas com implicações diferentes para o tratamento.

Bexiga hiperativa: conheça os sintomas

A BH é marcada por uma urgência súbita de urinar, frequência urinária aumentada e noctúria, que é a necessidade de urinar durante a noite.

Esses sintomas podem ocorrer sem uma causa aparente e são mais intensos do que o normal, mesmo quando a bexiga não está cheia.

É importante distinguir BH de incontinência urinária. Enquanto a BH se caracteriza principalmente pela urgência e frequência, a incontinência urinária é a perda involuntária de urina.

BH pode levar à incontinência de urgência, mas não todos os casos de incontinência são causados por BH.

Possíveis causas

Fatores que podem levar ao desenvolvimento de BH incluem:

• Distúrbios neurológicos: danos aos sinais entre o cérebro e a bexiga;
• Mudanças hormonais e fraqueza muscular pélvica;
• Infecções do trato urinário e efeitos colaterais de medicamentos;
• Doenças neurológicas, como AVC ou esclerose múltipla.

Diagnóstico

O diagnóstico de BH é feito com base na história clínica do paciente e pode incluir exames como registro de micções, exames laboratoriais, de imagem e avaliação urodinâmica. É de grande importância descartar outras causas possíveis, como infecções urinárias, antes de confirmar BH.

Tratamento

O tratamento da BH varia e pode incluir:

• Modificações comportamentais: ajustes no estilo de vida e hábitos alimentares;
• Terapia medicamentosa: uso de agentes anticolinérgicos para inibir contrações involuntárias;
• Fisioterapia do assoalho pélvico e estimulação elétrica;
• Em casos resistentes, aplicações de toxina botulínica ou neuromodulação sacral;
• Cirurgia: em última instância, para aumentar a capacidade de armazenamento da bexiga.

Prevenção

A adoção de um estilo de vida saudável e o diagnóstico precoce são essenciais para gerenciar os sintomas da BH e melhorar a qualidade de vida dos afetados.

É recomendável consultar um especialista ao notar sintomas perturbadores para iniciar um plano de tratamento personalizado. Porém, procure:

• Manter um peso saudável e uma dieta balanceada;
• Evitar irritantes da bexiga como cafeína e álcool;
• Exercitar-se para fortalecer o assoalho pélvico;
• Gerenciar o estresse e manter uma rotina de hidratação adequada.

*Com informações de CNN Brasil e Hoje em Dia.