Losartana: Anvisa irá recolher o remédio das farmácias
É recomendado manter o tratamento com o anti-hipertensivo.
Nesta última quinta-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ordenou o recolhimento do Losartana das farmácias de todo o país. Segundo o órgão, alguns lotes do remédio para pressão alta tiveram a presença de “azido” acima do limite de segurança aceitável, o que os torna impuros. Ainda assim, a agência não recomenda que os tratamentos sejam interrompidos, mesmo que estejam utilizando os lotes afetados.
Leia mais: Dois medicamentos tem lotes recolhidos pela Anvisa
Inclusive, esta não é a primeira vez que são recolhidos remédios pelo órgão neste mês, visto que já ordenaram a devolução de alguns lotes do Zinnat 250mg e o Cefagel, dois medicamentos utilizados para tratamento de infecções no ouvido e garganta. Ademais, em setembro de 2021, a Anvisa já havia divulgado o recolhimento voluntário do Losartana, que foram realizados pelas próprias empresas.
Por que os remédios foram recolhidos?
Antes de tudo, é importante entender que o Losartana é um dos remédios mais utilizados no país para o combate à pressão alta. Por conta disso, foi feita uma avaliação do impacto no mercado brasileiro e a necessidade de continuidade dos tratamentos anti-hipertensivos. Nesse caso, apesar da continuidade do tratamento ser recomendada, a medida é preventiva, para que possa ser garantida uma certa qualidade nos medicamentos para a população brasileira.
Ainda assim, só foi possível detectar as impurezas através de novas técnicas de análise, onde foi possível identificar o Azido. Essa substância pode surgir durante o processo de fabricação dos insumos farmacêuticos ativos e tem um potencial mutagênico, o que pode causar mudanças no DNA de uma célula. Recentemente, essas avaliações foram feitas pelos próprios fabricantes por determinação do órgão.
Segundo a agência, o prazo máximo regulamentar para que todos os produtos sejam recolhidos é de até cento e vinte dias, contando desde a última data da publicação da resolução que determinou a retirada das prateleiras (23/06/2022).
Comentários estão fechados.