A solidão pode estar no seu sangue – e isso é mais perigoso do que parece

Solidão afeta não apenas o psicológico, mas também o físico.

A ciência tem revelado que a solidão ultrapassa o âmbito psicológico e afeta também o corpo humano, pois uma análise de dados revelou conexões importantes nesse sentido.

Um estudo recente, realizado pelas universidades de Cambridge (Reino Unido) e Fudan (China), aponta que esse estado emocional pode alterar proteínas essenciais para a saúde, o que trouxe novas luzes sobre o tema.

Solidão tem a capacidade de alterar o cérebro e os genes da pessoa – Imagem: reprodução/Lukas Rychvalsky/Pexels

Como foi feito o experimento sobre solidão?

Na pesquisa, 2.920 proteínas foram analisadas para compreender como a solidão e o isolamento social impactam o organismo. As descobertas enfatizam que algumas delas, associadas à inflamação e às respostas imunológicas, estão envolvidas nesse processo.

As proteínas identificadas (GFRA1, ADM, FABP4, TNFRSF10A e ASGR1) encontram-se em níveis mais elevados em pessoas solitárias. Esses níveis estão relacionados a doenças graves, como diabetes tipo 2 e problemas cardíacos. Socializar, portanto, pode ajudar a manter algumas dessas proteínas em níveis mais saudáveis.

Solidão e o cérebro humano

Estudos anteriores já indicaram que a solidão altera a forma como o cérebro responde a estímulos visuais. Indivíduos solitários apresentam respostas cerebrais reduzidas em áreas associadas ao sistema de recompensa. Tais respostas podem levar a mudanças genéticas preocupantes.

Entre os solitários, genes relacionados a câncer e doenças inflamatórias também são afetados, e a interação entre tais genes pode amplificar os riscos à saúde. Essa complexa rede genética sugere que a solidão pode ter impactos duradouros e sérios no bem-estar físico, além do mental.

Consequências físicas da solidão

Pesquisadores compararam os efeitos da solidão à falta de alimentação. Oito horas de isolamento podem ser tão prejudiciais quanto passar um dia sem comer.

Tais condições aumentam a fadiga e esgotam a energia rapidamente, o que indica a profundidade dos efeitos da solidão no corpo.

Os estudos revelam a importância de manter conexões sociais para a saúde física e mental. A compreensão dos efeitos da solidão é capaz de ajudar na criação de estratégias para mitigar seus impactos.

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