A tecnologia mais uma vez de mostra presente; robô humanoide metamorfo é apresentado por cientistas
Se você gosta de assuntos robóticos, veja a nova criação de um robô que é capaz de alternar entre os estados líquido e sólido para uma maior funcionalidade.
À medida que a tecnologia vai ganhando forças, novas invenções vão sendo feitas e o que parecia ser impossível, se torna possível. Recentemente, os cientistas apresentaram mais uma evolução tecnológica. Trata-se de um robô metamorfo que é capaz de alternar entre os estados líquido e metálico navegando em ambientes desafiadores sem perder suas forças. Veja mais sobre esse avanço na robótica.
Saiba mais detalhes sobre a avanço que houve na robótica
Um grande diferencial desta invenção, é que os robôs podem ser macios e duros simultaneamente. Segundo os criadores, eles foram inspirados no pepino-do-mar. Normalmente, os demais robôs já desenvolvidos até então, possuem apenas um ou outro como característica. Os atuais poderão atuar na montagem de eletrônicos e aplicações médicas.
Para o engenheiro Chengfeng Pan, oferecer aos robôs a alteração de estados líquidos e sólidos os torna mais funcionais. Os pesquisadores propuseram a eles que removessem e entregassem os objetos a um modelo do estômago humano, além disso, fizeram eles se liquefazer para escapar de uma gaiola.
Os pequenos robôs são capazes de realizar certos de tipos de trabalhos que, para os seres humanos, seriam difíceis. A locomoção em espaços muito pequenos para gerenciar ferramentas típicas nos trabalhos de reparo meticulosos ou entrega de medicamentos, é uma tarefa fazer para esses seres tecnológicos.
Por isso a capacidade deles serem macios facilita a navegação em espaços confinados ou ângulos apertados, o que, para os materiais duros, seria extremamente desafiador.
Entretanto, de onde veio tanta inspiração?
Dessa forma, houve à necessidade de uma criação que funcionasse como um “meio-termo”. Por isso, pesquisadores liderados por Pan e seu colega, Qingyuan Wang, da Universidade Sun Yat-sen, na China, fizeram da natureza sua maior inspiração.
Os pepinos-do-mar, por exemplo, são capazes de alterar a rigidez de seus tecidos para, então, aprimorar a capacidade de carga e limitar os danos físicos. Os polvos, por sua vez, podem alterar a rigidez de seus braços para camuflagem, manipulação de objetos e locomoção.
Após essas análises, os pesquisadores concluíram ser necessário encontrar um material que não fosse tóxico e que pudesse transitar facilmente nos estados macio e rígido em temperatura ambiente.
Assim, a melhor opção que eles encontraram foi o gálio. Um metal macio que o ponto de fusão é de 29,76 graus Celsius à pressão padrão. Ou seja, são apenas alguns graus abaixo da temperatura média do corpo humano. Eles, então, incorporaram uma matriz de gálio com partículas magnéticas e, assim, criaram a “máquina de transição de fase sólido-líquido magnetoativa”.
O porquê das partículas magnéticas?
São duas principais funções. A primeira, é que elas irão tornar o material responsivo a um campo magnético alternado. Assim você poderá aquecer o material, por indução, e gerar a mudança de fase. Segunda função é que elas irão possibilitar mobilidade aos robôs e capacidade de movimentação ao campo magnético.
Mesmo depois de toda a criação, os pesquisadores testaram se realmente a transição do sólido para o líquido era reversível. E sim, era. Assim, os robôs foram submetidos a uma série de testes e concluíram que eles conseguem pular pequenos fossos, escalar obstáculos e até dividir tarefas entre si.
Entenda uma aplicação prática
Foi criado um modelo de estômago humano e os pesquisadores fizeram com que o robô engolisse e, posteriormente, retirasse um pequeno objeto contido nele. Essa situação fez com que eles entendessem que era possível a operação inversa e, então, poderia auxiliar, e muito, uma equipe médica.
No entanto, para fins biomédicos ainda é necessário muito mais estudos. Isso porque o corpo humano é superior ao ponto de fusão do gálio, é para que o robô de fato fosse útil, seria necessária uma matriz de liga à base de gálio que aumentaria o ponto de fusão, mantendo, então, a sua funcionalidade.
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