A verdade chocante por trás da reduflação

O fenômeno onde embalagens dos produtos diminuem e os preços se mantêm. Entenda como isso impacta diretamente no seu bolso.

Conhecida como ‘reduflação‘, a prática de reduzir o tamanho das embalagens sem alterar os preços está cada vez mais presente nos supermercados ao redor do mundo. Essa estratégia, embora não seja ilegal, levanta questionamentos sobre transparência e justiça para com os consumidores.

Originada da necessidade das empresas em manter sua margem de lucro frente ao aumento dos custos de produção, a reduflação reflete os desafios impostos pela inflação e pelas dificuldades econômicas globais. Matérias-primas mais caras, salários elevados e interrupções na cadeia de abastecimento são apenas alguns dos fatores que contribuem para esse cenário.

Para que essa prática seja considerada legítima, é imperativo que as empresas sigam regulamentações claras, como informar os consumidores sobre a mudança nas embalagens e no conteúdo dos produtos. No Brasil, por exemplo, a legislação exige que as alterações sejam comunicadas de forma visível por um período mínimo de seis meses, garantindo assim que os consumidores estejam cientes das mudanças.

A reduflação não se limita a um tipo específico de produto. Desde alimentos e bebidas até itens de higiene e limpeza, diversos segmentos têm sido afetados. Além disso, o fenômeno não é temporário e tende a se perpetuar mesmo após a recuperação econômica, uma vez que os consumidores tendem a perceber mais os aumentos de preços do que as reduções no tamanho dos produtos.

Imagem: Reprodução

Diante desse contexto, os consumidores são encorajados a ficarem atentos às informações nas embalagens e a se adaptarem, por vezes, migrando para marcas alternativas ou versões genéricas que ofereçam melhor custo-benefício. A fidelidade à marca pode sofrer, principalmente quando as opções se tornam limitadas ou o preço de produtos essenciais se mantém elevado.

A longo prazo, a reduflação pode levar ao surgimento de novas práticas no mercado, como o lançamento de versões ‘maiores’ (as famosas versões “para dividir” ou “para família”) dos produtos originais, com nomes e preços renovados, criando um ciclo contínuo de adaptação para os consumidores.

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